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Idanha-a-Nova : Empreiteiro do duplo homicídio em Segura só se lembra de matar autarca

billshcot

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Nov 10, 2010
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O empreiteiro José Torres, acusado de matar com dois tiros de caçadeira a presidente da junta de Segura, Lurdes Sobreiro, e o seu marido, a 12 de junho de 2012, disse esta segunda-feira que só se lembra de assassinar a autarca.

José Torres falava no início do julgamento no Tribunal de Idanha-a-Nova, em que responde por dois crimes de homicídio qualificado e por posse de arma proibida.

O arguido relatou como pegou na arma do crime e disparou contra Lurdes Sobreiro, num gabinete, quando a autarca estava sentada à secretária, mas disse que não se lembra de ter disparado sobre o marido, que estava de pé, ao lado dela.

"Se lá estava [o corpo], fui eu", reconheceu, recordando uma conversa posterior com um inspetor da Polícia Judiciária, mas mantendo a sua posição: "Eu não o vi".

"Ela fez-me a vida negra", referiu o arguido por mais que uma vez, na sessão de hoje, acusando Lurdes Sobreiro de lhe ter arruinado a atividade profissional (que terminou em dezembro de 2011), ao aplicar contraordenações por despejo ilegal de resíduos de construção.

As vítimas mortais eram padrinhos de batismo da neta, mas José Torres diz que a situação mudou nas eleições autárquicas de 2009, por divergências políticas, que terão condicionado o relacionamento pessoal e profissional daí em diante.

No dia do crime, o arguido contou que "já não andava bem", devido a "cinco meses sem trabalhar e a passar mal", num período em que chegou "a passar fome" e a ter noites "sem dormir".

Segundo relata a acusação e como o próprio referiu, dirigiu-se depois à residência de onde levou uma caçadeira semiautomática e dois cartuchos.

Dirigiu-se, depois, no carro do filho, até à sede da junta.

Terá entrado com a arma no gabinete da presidente e disparado sem proferir qualquer palavra, atingindo Lurdes Sobreiro no rosto, pescoço e na mão esquerda, com a qual ainda se tentou proteger.

A seguir, e segundo a acusação, José Torres apontou a arma ao marido da autarca e premiu novamente o gatilho, atingindo-o no tórax e abdómen.

Ao sair do edifício, terá passado pelo menos por uma pessoa, que o questionou sobre o que passou, mas a quem nada disse, colocando a arma no porta-bagagens do carro para, a seguir, se entregar no posto da GNR de Zebreira.

"Nem sei explicar o que me passou pela cabeça, foi uma coisa tão rápida", referiu hoje, perante o coletivo de três juízas.

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