billshcot
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“Apontei-lhe a arma e disparei 2 vezes”
"Fui à adega de casa buscar a espingarda e levei dois cartuchos. E a seguir entrei na junta, dirigi-me ao gabinete da presidente, apontei-lhe a arma e disparei duas vezes". Sem nunca perder a calma, José Torres descreveu ao Tribunal de Idanha-a-Nova os passos que deu no dia 12 de junho do ano passado e que resultaram na morte, a tiros certeiros de caçadeira, da presidente da Junta de Segura, Lurdes Sobreiro, de 55 anos, e do marido, José Sobreiro, de 59 anos.
01h00
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Por:Alexandre Salgueiro
O alvo, confessou ontem o duplo homicida na primeira sessão de julgamento, era a autarca, com quem mantinha uma relação conflituosa desde as eleições autárquicas de 2009, em que foram adversários. "Fui lá com o intuito de lhe tirar a vida a ela, mas não me lembro de ter disparado sobre o marido. Nem sequer me lembro de o ver", disse.
Os atritos entre o construtor de 62 anos e Lurdes Sobreiro eram conhecidos na vila e prendiam-se com alegadas denúncias da autarca em relação à deposição de entulho em locais indevidos, que levaram, por duas vezes, José Torres a tribunal.
A gota de água terá ocorrido na manhã do crime, depois de se ter cruzado na rua com a presidente, com o marido e um amigo do casal: "O José riu-se de mim com ar de gozo e, pouco depois, o outro comentou que não percebia como é que eu estava solto. Saltou-me a tampa da cabeça", contou.
O homicida disse que "era perseguido pela presidente" e que esta foi responsável por ter ido à falência em dezembro de 2011. "Eu estava há cinco meses sem trabalho e tinha de pedir comida à família. Estava desesperado".
Foram ouvidas as testemunhas de acusação, entre elas Tânia Sobreiro, filha das vítimas, que terminou o depoimento de lágrimas nos olhos: "Eles já tinham sido avisados de que alguém os queria matar, mas nunca suspeitei deste senhor".
O irmão, João, 29 anos, que depois da morte da mãe assumiu a presidência da junta, diz que "a família espera justiça com condenação à pena máxima". O julgamento continua a 11 de março.
cm
"Fui à adega de casa buscar a espingarda e levei dois cartuchos. E a seguir entrei na junta, dirigi-me ao gabinete da presidente, apontei-lhe a arma e disparei duas vezes". Sem nunca perder a calma, José Torres descreveu ao Tribunal de Idanha-a-Nova os passos que deu no dia 12 de junho do ano passado e que resultaram na morte, a tiros certeiros de caçadeira, da presidente da Junta de Segura, Lurdes Sobreiro, de 55 anos, e do marido, José Sobreiro, de 59 anos.
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Por:Alexandre Salgueiro
O alvo, confessou ontem o duplo homicida na primeira sessão de julgamento, era a autarca, com quem mantinha uma relação conflituosa desde as eleições autárquicas de 2009, em que foram adversários. "Fui lá com o intuito de lhe tirar a vida a ela, mas não me lembro de ter disparado sobre o marido. Nem sequer me lembro de o ver", disse.
Os atritos entre o construtor de 62 anos e Lurdes Sobreiro eram conhecidos na vila e prendiam-se com alegadas denúncias da autarca em relação à deposição de entulho em locais indevidos, que levaram, por duas vezes, José Torres a tribunal.
A gota de água terá ocorrido na manhã do crime, depois de se ter cruzado na rua com a presidente, com o marido e um amigo do casal: "O José riu-se de mim com ar de gozo e, pouco depois, o outro comentou que não percebia como é que eu estava solto. Saltou-me a tampa da cabeça", contou.
O homicida disse que "era perseguido pela presidente" e que esta foi responsável por ter ido à falência em dezembro de 2011. "Eu estava há cinco meses sem trabalho e tinha de pedir comida à família. Estava desesperado".
Foram ouvidas as testemunhas de acusação, entre elas Tânia Sobreiro, filha das vítimas, que terminou o depoimento de lágrimas nos olhos: "Eles já tinham sido avisados de que alguém os queria matar, mas nunca suspeitei deste senhor".
O irmão, João, 29 anos, que depois da morte da mãe assumiu a presidência da junta, diz que "a família espera justiça com condenação à pena máxima". O julgamento continua a 11 de março.
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