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Berlusconi deixa país ingovernável

billshcot

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Nov 10, 2010
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As eleições italianas de domingo e segunda-feira baralharam as previsões e terminaram, segundo os resultados parciais, com um cenário que assustou os mercados e pode deixar a Itália num impasse. O bloco de centro- esquerda de Pier Luigi Bersani confirmou as previsões e triunfou, mas o antigo primeiro -ministro Silvio Berlusconi venceu no Senado e ameaça criar uma barreira insuperável para o futuro governo.

Os mercados reagiram com uma subida dos juros da dívida italiana ao cenário de previsível instabilidade que concretiza as pretensões de Berlusconi. De facto, este assumiu o objetivo de conquistar votos suficientes para paralisar o governo de esquerda - o Senado tem poder de veto sobre as leis aprovadas na Câmara dos Deputados - e, a confirmarem-se as projeções, os 30% de votos no Senado permitem-lhe inviabilizar qualquer medidas governativa, de nada valendo a vitória clara de Bersani na Câmara Baixa (340 deputados contra 121 do centro-direita).

Para complicar as coisas, o Movimento Cinco Estrelas, novo partido do ator e comediante Beppe Grillo, passa a ser a terceira força política. Ao obter 25,5% na Câmara e cerca de 24% no Senado, quase triplica a votação no bloco centrista de Mario Monti. Este rendeu Berlusconi em 2011 e poupou a Itália a uma crise semelhante às de Grécia, Portugal e Espanha, mas não convenceu os eleitores. Com cerca de 10% dos votos (40 senadores e 20 deputados), torna-se parceiro incapaz de fazer a diferença como aliado do governo, papel que fica para Grillo. Porém, este ganhou popularidade com a denúncia da corrupção e uma atitude antipolíticos, que não deixa lugar a gestos construtivos.

"As projeções dão a entender que não teremos um governo estável e precisaremos de voltar às urnas", afirmou Stefano Fassina, do bloco de Bersani.

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