billshcot
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As eleições italianas de domingo e segunda-feira baralharam as previsões e terminaram, segundo os resultados parciais, com um cenário que assustou os mercados e pode deixar a Itália num impasse. O bloco de centro- esquerda de Pier Luigi Bersani confirmou as previsões e triunfou, mas o antigo primeiro -ministro Silvio Berlusconi venceu no Senado e ameaça criar uma barreira insuperável para o futuro governo.
Os mercados reagiram com uma subida dos juros da dívida italiana ao cenário de previsível instabilidade que concretiza as pretensões de Berlusconi. De facto, este assumiu o objetivo de conquistar votos suficientes para paralisar o governo de esquerda - o Senado tem poder de veto sobre as leis aprovadas na Câmara dos Deputados - e, a confirmarem-se as projeções, os 30% de votos no Senado permitem-lhe inviabilizar qualquer medidas governativa, de nada valendo a vitória clara de Bersani na Câmara Baixa (340 deputados contra 121 do centro-direita).
Para complicar as coisas, o Movimento Cinco Estrelas, novo partido do ator e comediante Beppe Grillo, passa a ser a terceira força política. Ao obter 25,5% na Câmara e cerca de 24% no Senado, quase triplica a votação no bloco centrista de Mario Monti. Este rendeu Berlusconi em 2011 e poupou a Itália a uma crise semelhante às de Grécia, Portugal e Espanha, mas não convenceu os eleitores. Com cerca de 10% dos votos (40 senadores e 20 deputados), torna-se parceiro incapaz de fazer a diferença como aliado do governo, papel que fica para Grillo. Porém, este ganhou popularidade com a denúncia da corrupção e uma atitude antipolíticos, que não deixa lugar a gestos construtivos.
"As projeções dão a entender que não teremos um governo estável e precisaremos de voltar às urnas", afirmou Stefano Fassina, do bloco de Bersani.
cm
Os mercados reagiram com uma subida dos juros da dívida italiana ao cenário de previsível instabilidade que concretiza as pretensões de Berlusconi. De facto, este assumiu o objetivo de conquistar votos suficientes para paralisar o governo de esquerda - o Senado tem poder de veto sobre as leis aprovadas na Câmara dos Deputados - e, a confirmarem-se as projeções, os 30% de votos no Senado permitem-lhe inviabilizar qualquer medidas governativa, de nada valendo a vitória clara de Bersani na Câmara Baixa (340 deputados contra 121 do centro-direita).
Para complicar as coisas, o Movimento Cinco Estrelas, novo partido do ator e comediante Beppe Grillo, passa a ser a terceira força política. Ao obter 25,5% na Câmara e cerca de 24% no Senado, quase triplica a votação no bloco centrista de Mario Monti. Este rendeu Berlusconi em 2011 e poupou a Itália a uma crise semelhante às de Grécia, Portugal e Espanha, mas não convenceu os eleitores. Com cerca de 10% dos votos (40 senadores e 20 deputados), torna-se parceiro incapaz de fazer a diferença como aliado do governo, papel que fica para Grillo. Porém, este ganhou popularidade com a denúncia da corrupção e uma atitude antipolíticos, que não deixa lugar a gestos construtivos.
"As projeções dão a entender que não teremos um governo estável e precisaremos de voltar às urnas", afirmou Stefano Fassina, do bloco de Bersani.
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