• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Arranjar forças para deixar de fumar

Luz Divina

GF Ouro
Entrou
Dez 9, 2011
Mensagens
5,990
Gostos Recebidos
0




Arranjar forças para deixar de fumar








Todos os fatores que precisa de conhecer para conseguir concretizar este objetivo


Não se consegue com um simples estalar dos dedos. Deixar de fumar exige preparação, investimento e, sobretudo, uma forte motivação.

Não recomeçar é o maior desafio. De facto, durante o primeiro ano, nove em cada dez pessoas sucumbem de novo aos apelos do cigarro. Mas, se é verdade que não é fácil deixar de fumar, também é verdade que não é impossível. O mais difícil é decidir que se vai deixar de fumar. Mas logo que se aceita a ideia entra-se no bom caminho.

Parar definitivamente exige uma grande coragem. Podem-se distinguir três espécies de fumadores. O impenitente fuma por prazer. O compulsivo para preencher lacunas de qualquer ordem. E o fumador-vítima, que está consciente dos riscos que a sua saúde corre e se sente culpabilizado.

Embora o primeiro seja um mau candidato à interrupção do vício, qualquer fumador pode reaprender a viver sem tabaco. As explicações do fumador podem ser múltiplas, nomeadamente o stress, a falta de coragem, a necessidade de fumar para ser capaz de trabalhar ou o cigarro para ganhar confiança em público são apenas algumas das justificações mais ouvidas.

Primeiros passos

Para 90 por cento dos fumadores, a associação tabaco/bem-estar é sentida muito rapidamente e torna-se um reflexo comportamental. A esta dependência psicológica junta-se a necessidade fisiológica, o corpo reclama a sua dose. É esta última necessidade que explica por que se fuma muito mais do que aquilo que realmente se deseja.

Para determinar a verdadeira dependência, o melhor será fazer uma tentativa durante um dia (se for possível uma semana) e constatar quando é que o cigarro lhe faz mais falta, de manhã, ao levantar, após o café ou noutra altura do dia. E em que estado se encontra, irritável, ansioso, liberto? Desta forma, será possível saber se é necessário recorrer a um auxiliar para deixar de fumar. Em caso afirmativo, o próximo passo é escolher um dos numerosos métodos existentes.

Para fazer uma boa escolha, compare as experiências de antigos fumadores. Pode utilizar substitutos nicotínicos como as gomas de mascar ou os patches transdérmicos para diminuir os efeitos da dependência fisiológica. Mas também pode optar por métodos não medicamentosos como a relaxação para combater a ansiedade excessiva.

O mito do aumento de peso

Se tem medo de engordar, é sempre possível consultar um nutricionista. No entanto, o aumento de peso na sequência da interrupção do hábito de fumar não é assim tão importante como geralmente se pensa (em média 2,8 quilos para os homens e 3,8 para as mulheres). Nada que não seja possível recuperar com facilidade.

Há duas maneiras de evitar o aumento de peso. Uma delas é fazer um regime antes de deixar de fumar, o que é preconizado por vários especialistas. A outra é praticar desporto e vigiar a alimentação, evitando as gorduras, consumindo mais frutos e bebendo muita água. Mas convém não exagerar: está a deixar de fumar, não de comer.

O que importa é querer


Uma coisa é certa: aquilo que é mais necessário é a motivação. É inútil tentar abandonar o tabaco se não se tem realmente vontade de o fazer ou se não se sabe porquê. Por outro lado, quem estiver a viver um momento difícil (luto, depressão e ou desgosto amoroso) o melhor será deixar a experiência para outra altura.

Importante durante o difícil período inicial, que pode durar de um mês a um ano, é encontrar um paliativo para o tabaco. Uma coisa qualquer que preencha o vazio deixado pela ausência do cigarro.

Quando o desejo é muito forte, torna-se necessário focar a atenção noutra coisa: por exemplo, contar até 100, respirar profundamente, mascar uma pastilha. Tudo isto para descondicionar o reflexo-cigarro. Cada um deverá encontrar as soluções mais adequadas. Ninguém disse que é fácil, mas também ninguém disse que é impossível.

A nocividade do tabaco

Os malefícios do tabaco explicam-se em grande parte pelas minúsculas gotas de alcatrão nele incluídas. Este alcatrão contem substâncias cancerígenas e co-cancerígenas. Tanto provoca o cancro como acelera a produção das células cancerosas.

O fumo é também composto por 2 a 6 por cento de monóxido de carbono, um gás tóxico que dificulta o transporte e utilização do oxigénio. Estes compostos irritantes alteram o funcionamento dos pelos microscópicos que libertam os pulmões das partículas indesejáveis. Perturbando o equilíbrio pulmonar, o fumo do tabaco torna-o mais suscetível às doenças respiratórias.

Quanto mais fumar pior


O risco de cancro do pulmão aumenta com o número de cigarros fumados por dia, com o seu teor em alcatrão e nicotina e com o número de anos de tabagismo. É possível avaliar a probabilidade de cancro bronqueopulmonar a partir do número de maços consumidos por ano. Basta multiplicar a quantidade de maços fumados por dia por metade do número de anos em que se fumou. Os que fumam um maço por dia durante 40 anos, ou dois por dia durante 20 anos, são considerados como o grupo de risco máximo.

Este grupo expõe-se a um risco de cancro do pulmão vinte vezes superior quando comparado com o dos não fumadores. E quanto mais se fuma, mais esse risco aumenta. Até mesmo os pequenos fumadores, que se limitam a menos de dez cigarros por dia, vêm o risco de contrair cancro pulmonar multiplicado por cinco.

As mulheres são cada vez mais atingidas

Os homens são ainda mais atingidos do que as mulheres... por enquanto. No total dos óbitos masculinos, 20 por cento devem-se ao tabagismo. Estes números são ainda muito inferiores para as mulheres. No entanto, a população de fumadores está a feminizar-se muito rapidamente e os casos de cancro do pulmão aumentam muito rapidamente entre as mulheres.

Para tentar limitar as consequências, muitas pessoas estão a consumir cigarros light. Mas o seu uso é muito controverso.

De facto, o fumador adapta espontaneamente a sua maneira de fumar aos cigarros que utiliza, compensando a falta de nicotina com inalações mais profundas e mais frequentes. Acontece que, assim, acaba por fumar mais cigarros.

Dez anos para diminuir os riscos

Fumar exclusivamente cachimbo ou charuto também tem os seus inconvenientes é certo que o risco de cancro pulmonar é menor, mas aumentam os casos de cancro da garganta ou da boca. Não vale a pena procurar uma maneira de fumar sem perigo, porque é coisa que não existe. Fumar é sempre nocivo. Só deixar de fumar oferece vantagens. Além do ex-fumador reencontrar as suas capacidades respiratórias, o risco de contrair cancro diminui, lenta mas seguramente com o decorrer do tempo.

Considera-se geralmente que para os grandes fumadores o risco persiste durante os primeiros anos, para se amenizar e tender a ser idêntico ao dos não fumadores ao cabo de dez anos. Entre os pequenos fumadores, o risco diminui muito mais rapidamente.

Os grandes fumadores devem, a partir dos 40 anos, fazer uma radiografia pulmonar de controlo de doze em doze meses. Mas o fumador deve manter-se vigilante quanto a eventuais sinais de alarme, o mesmo acontecendo, durante dez anos, com os ex-fumadores. A vigilância é fundamental.


O tabagismo passivo

Hoje já não é possível continuar a afirmar que «se fumo, o problema é meu».

Se as consequências do fumo sobre as pessoas que rodeiam o fumador são menos nocivas do que as do tabagismo ativo, são no entanto de considerar.

E especialmente sobre as pessoas já doentes, como os asmáticos e os insuficientes respiratórios ou coronários.

Em caso de exposição intensa e regular, mesmo os não fumadores podem vir a sofrer complicações várias. Milhares de pessoas são anualmente atingidas por cancro brônquico devido ao fumo dos outros. Nos casais de fumadores adultos o risco de cancro do pulmão é multiplicado por dois.

Vítimas indefesas


Nas crianças, as consequências do tabagismo são tais que é fortemente recomendado às mães que parem de fumar, pelo menos durante a gravidez e período de aleitamento. Os bebés vítimas de tabagismo passivo sofrem de um peso inferior na altura do nascimento, de um desenvolvimento pulmonar mais reduzido e mostram-se mais suscetíveis a morte súbita.

Após o nascimento, os riscos de otites e de infeções das vias respiratórias aumentam, ao mesmo tempo que a asma se pode agravar e até tornar-se crónica. A grávida, se não for capaz de abandonar totalmente o tabaco, não deverá ultrapassar os cinco cigarros diários.

Depois do nascimento, os pais devem evitar fumar nas salas onde se encontram os filhos. Mas o melhor seria mesmo deixar de fumar. Além de benefícios imediatos para a saúde dos miúdos, está provado que os filhos dos fumadores, mais tarde, fumam muito mais do que os filhos dos não fumadores.


Os verdadeiros riscos de cancro

O cancro do pulmão é uma doença paradoxal. Extremamente grave, poderia muito bem ser evitada na maioria dos casos. Bastava deixar de fumar ou, melhor ainda, nunca ter começado.

Um fumador perde oito anos de vida em relação a um não fumador. Na verdade, 70 por cento dos não fumadores ultrapassam os 70 anos, o que só acontece a 46 por cento dos fumadores.

O tabaco figura à cabeça de todas as causas conhecidas de cancro.

É responsável por 90 por cento dos casos de cancro do pulmão, a primeira causa de morte por cancro nos homens e a segunda na mulher, depois do cancro da mama. Outros factores ambientais podem também ser incriminados pelos cancros brônquicos como o amianto, o ferro, o níquel ou a proximidade de matérias radioativas. Quando associado a estes produtos, o tabaco atua dramaticamente, multiplicando-lhes o efeito cancerígeno.

Sinais de Alarme


- Tosse inabitual e persistente
- Sangue na expetoração
- Dores no tórax
- Dificuldades respiratórias

Estes sinais não são específicos do cancro, mas exigem uma consulta médica, caso estes sintomas se manifestem de forma persistente.

Não só o pulmão

Se o cancro do pulmão é o primeiro dos tumores ligados ao tabagismo, não é o único. O tabaco é também um dos principais fatores responsáveis pelos cancros da boca, da garganta e do esófago. Este risco é ainda aumentado pelo consumo do álcool, mesmo quando moderado. Fumar está também na origem dos cancros do aparelho urinário, pois os alcatrões tabágicos cancerígenos são armazenados na bexiga antes de serem eliminados na urina.

As doenças cardiovasculares e as doenças respiratórias crónicas são igualmente patologias diretamente ligadas ao tabagismo. Nas mulheres, a associação tabaco e pílula contracetiva é fortemente desaconselhada, pois multiplica por dez o risco de enfarte.



sapo
 

newpine

GF Ouro
Entrou
Set 23, 2006
Mensagens
1,963
Gostos Recebidos
3
Depois de lermos estes conselhos , ainda haverá quem se atreva a acender o cigarro ?

Vivam.

Apreciem os anos vindouros.

Gostam da família ? Pois então não fumem.

Não há prova maior de amor familiar , do que deixar o tabagismo .:36_2_51:
 
Topo