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Conheça os empresários e negócios que vão relançar o País depois da ‘troika’

billshcot

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Nov 10, 2010
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São jovens, globais, cresceram com as redes sociais. E são uma aposta para reanimar a economia no pós-troika’.

Dois jovens engenheiros, Cristina Fonseca e Tiago Paiva, criaram uma pequena empresa a que deram o nome de Talkdesk. A ‘start up' tecnológica consegue criar um ‘call center' em apenas cinco minutos, negócio inovador que lhes abriu a porta do mercado norte-americano e de uma das mais importantes incubadoras de Silicon Valley. Hoje a sede da empresa é vizinha do Googleplex, o quartel-general do maior motor de busca do planeta.

A Talkdesk é um dos muitos casos que Cavaco Silva chamou ao Palácio de Belém na última segunda-feira, para um encontro de trabalho com jovens empresários, empreendedores e gestores - aqueles que acredita que irão marcar as empresas e a economia portuguesa quando a ‘troika' abandonar o país. Com o "futuro da economia" na agenda, o Presidente da República ouviu apelos e propostas, partilhou pedidos e preocupações e lançou a escada aos jovens para que, como defendeu no final, "tragam uma dinâmica refrescada, confiança no futuro, espírito positivo, ambição de vencer, energia e audácia". Sem esperar "soluções mágicas" como "baixos salários".

Os convidados anotaram os recados. Organizados em três grupos - cultura para o empreendedorismo, empreendedorismo empresarial e empreendedorismo social - os cerca de 50 participantes trocaram planos e reflexões para o país. À medida que surgiam novas ideias ou propostas, os empreendedores colavam pequenos ‘post-its' coloridos num mural branco no auditório em Belém. Foi uma das formas de medir a produtividade do dia.

António Portela, presidente da farmacêutica Bial, é um dos rostos desta nova geração de empresários. Ao desafio de Cavaco Silva - de "resistência, persistência e inconformismo com a situação presente" -, o jovem executivo responde com a aposta em projectos inovadores, que possam ser vendidos à escala mundial, que gerem exportações e emprego".

Francisco Maria Balsemão também acredita que há uma nova geração de empreendedores, cosmopolita e mais amiga do risco, que pode criar riqueza para o país. Mas o presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE)não resistiu a deixar o recado: "Se for definido um quadro legal e fiscal mais adequado à actividade empresarial e as condições de financiamento à banca melhorarem, esta nova geração de empreendedores vai ser capaz de criar negócios mais competitivos à escala global".

Cada vez mais novos, mais atentos às oportunidades de mercado e com uma carteira de clientes cada vez mais internacional. Estes são três pontos-chave do perfil do empreendedor português, segundo os últimos dados do ‘Global Entrepreneurship Monitor', o principal barómetro internacional do empreeendedorismo (ver indicadores abaixo). Como reforça Manuel Teixeira, que moderou o grupo de Empreendedorismo Empresarial, "as empresas estão orientadas para o mercado externo, onde se revelam competitivas".

Bruno Carvalho, presidente executivo da Active Space Technologies encaixa nesse perfil. Participante no encontro com Cavaco, no qual deu a cara por uma pequena empresa que marca pontos em áreas tão sofisticadas como a indústria aeroespacial, o empresário defende que é preciso "não repetir os erros do passado. Ou seja, evitar que famílias, empresas e o Estado vivam acima das suas possibilidades". Uma tentação a que nenhuma ‘start up' e mesmo outras empresas mais ‘crescidas' pode ceder se pretender manter-se no mercado.

Novas tecnologias, agricultura, biotecnologia, saúde são algumas das áreas onde estão a surgir casos empresariais de sucesso, como é o caso da Mobito, Feedzai, Medbone ou Cell2B, entre muitos outros exemplos. "A geração ‘pós-troika' é também a geração das redes, das parcerias, da cooperação. Por isso, cada vez se fala mais em soluções e menos em empresas", comenta Ivo Costa Santos, que moderou o grupo de empreendedorismo social. Épara eles que os olhos - e as carteiras de investidores - vão estar virados nos próximos tempos.

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