billshcot
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O primeiro-ministro não percebeu que precisa do MNE "para manusear o aparelho diplomático".
Freitas do Amaral, que já ocupou a pasta que é agora de Portas, diz que o actual ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) foi "afastado" do diálogo europeu pelo primeiro-ministro, "aconselhado pelo ministro das Finanças", o que prejudica o país.
O ministro dos Negócios Estrangeiros tem feito bem o seu papel de diálogo internacional?
No resto do mundo tem e na diplomacia económica também. Na Europa, não, porque foi afastado. Já tive muitas razões de crítica em relação a Paulo Portas, mas aqui não o critico. Ele é que foi afastado. Com pretexto do Tratado de Lisboa, o primeiro-ministro passou a ir às reuniões do Conselho Europeu sem ir acompanhado pelo MNE. No tempo em que estive no Governo do engenheiro Sócrates, ia sempre com ele. Embora fosse ele a falar, a verdade é que muitas vezes perguntava a minha opinião, eu mandava-lhe o meu bilhetinho. E depois, nos intervalos, enquanto os primeiros-ministros iam falar uns com os outros, os ministros dos Negócios Estrangeiros iam falar uns com os outros. Isso tudo acabou...
Mas é uma razão válida a questão do Tratado Europeu?
É. Mas a atitude do primeiro-ministro devia ser "já que tomaram essa decisão errada, vou pôr o MNE português a trabalhar mais nisso". Ele aproveitou para dizer: "É uma boa forma de afastar o Portas e eu e o ministro das Finanças tratamos de tudo". Não conseguem. Primeiro porque têm coisas demais na cabeça e, segundo, porque não sabem mexer com o aparelho diplomático. Nós temos um excelente aparelho diplomático, mas é preciso saber utilizá-lo.
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Freitas do Amaral, que já ocupou a pasta que é agora de Portas, diz que o actual ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) foi "afastado" do diálogo europeu pelo primeiro-ministro, "aconselhado pelo ministro das Finanças", o que prejudica o país.
O ministro dos Negócios Estrangeiros tem feito bem o seu papel de diálogo internacional?
No resto do mundo tem e na diplomacia económica também. Na Europa, não, porque foi afastado. Já tive muitas razões de crítica em relação a Paulo Portas, mas aqui não o critico. Ele é que foi afastado. Com pretexto do Tratado de Lisboa, o primeiro-ministro passou a ir às reuniões do Conselho Europeu sem ir acompanhado pelo MNE. No tempo em que estive no Governo do engenheiro Sócrates, ia sempre com ele. Embora fosse ele a falar, a verdade é que muitas vezes perguntava a minha opinião, eu mandava-lhe o meu bilhetinho. E depois, nos intervalos, enquanto os primeiros-ministros iam falar uns com os outros, os ministros dos Negócios Estrangeiros iam falar uns com os outros. Isso tudo acabou...
Mas é uma razão válida a questão do Tratado Europeu?
É. Mas a atitude do primeiro-ministro devia ser "já que tomaram essa decisão errada, vou pôr o MNE português a trabalhar mais nisso". Ele aproveitou para dizer: "É uma boa forma de afastar o Portas e eu e o ministro das Finanças tratamos de tudo". Não conseguem. Primeiro porque têm coisas demais na cabeça e, segundo, porque não sabem mexer com o aparelho diplomático. Nós temos um excelente aparelho diplomático, mas é preciso saber utilizá-lo.
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