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Morre aos 58 anos Hugo Chávez, presidente da Venezuela

obelix699

GF Prata
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Mai 1, 2007
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Ele lutava contra um câncer desde 2011 e passou por tratamento em Cuba.
Governante foi um dos mais destacados e controversos da América Latina.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, morreu na tarde desta terça-feira (5), aos 58 anos, na capital Caracas.
A morte ocorreu às 16h25 locais (17h55 de Brasília), segundo o vice-presidente Nicolás Maduro, herdeiro político de Chávez, que fez o anúncio em um pronunciamento ao vivo na TV.

"Às 16h25 locais (17h55 de Brasília) de hoje 5 de março, faleceu o comandante presidente Hugo Chávez Frías", disse Maduro, emocionado.
Chávez lutava contra um câncer desde junho de 2011 e, após realizar um tratamento em Cuba contra a doença, havia voltado ao país natal em fevereiro deste ano.
Chávez foi um dos mais destacados e controversos líderes da América Latina. Desde que assumiu o comando da Venezuela, em 1999, o militar da reserva promoveu mudanças à esquerda, na política e na economia. Ele nacionalizou empresas privadas, atribuiu ao Estado atividades essenciais, além de mudar a Constituição, o nome, a bandeira e até o fuso horário do país (1h30 a menos que o horário de Brasília).
Chávez foi reeleito pela primeira vez em 2006, com mais de 62% dos votos, e novamente em 2012, com 54%.
Ele tentou chegar ao poder pela primeira vez em 1992 através de uma tentativa fracassada de golpe de Estado, que fez com que fosse preso. Em 2002, já no comando do país, sofreu um golpe de Estado que o tirou do poder por quase 48 horas. Foi restituído por militares leais, com a mobilização de milhares de seguidores.
A Venezuela, que é membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), possui uma economia dependente das exportações do combustível, tendência que Chávez queria mudar com a entrada do país no Mercosul. O país tem 30 milhões de hectares de terras cultiváveis, mas importa até 70% dos alimentos que consome. A população é de quase 29 milhões de habitantes.
Doença
Desde que foi reeleito mais uma vez, em outubro de 2012, o líder venezuelano apareceu em público poucas vezes, a maioria delas para liderar conselhos de ministros no Palácio de Miraflores. Chávez também deixou de utilizar frequentemente sua conta na rede social Twitter.
A falta de informações e detalhes sobre a doença e a presença menos frequente de Chávez em eventos desde que anunciou a luta contra o câncer alimentaram os rumores de que seu estado de saúde poderia ser mais grave do que o governo queria divulgar.
Em 10 de junho de 2011, a imprensa venezuelana noticiou que Hugo Chávez havia por uma cirurgia de emergência em Cuba devido a um problema na região pélvica. Rumores sobre a doença circularam nos dias seguintes, mas o governo venezuelano negou que se tratasse de um tumor.
Em 30 de junho, no entanto, o presidente confirmou que havia sido operado em razão de um câncer. Não foram revelados maiores detalhes sobre a doença.
Chávez voltou à Venezuela dias depois e voltaria a Cuba nos meses seguintes para sessões de quimioterapia. Em agosto de 2011, apareceu com o cabelo raspado: "É meu novo visual", disse.
Em outubro do mesmo ano, após fazer exames médicos em Cuba, o governante declarou-se livre do câncer. "O novo Chávez voltou [...] Vamos viver e vamos continuar vivendo. Estou livre da doença", afirmou, fardado e eufórico.
Hugo Chávez chegou a dizer que o câncer, que atingiu cinco líderes sul-americanos – entre eles a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula – teria sido induzido pelos Estados Unidos. "Não seria estranho se tivessem desenvolvido uma tecnologia", disse
Em fevereiro de 2012, ele anunciou que seria operado novamente por uma lesão na mesma região em que teve o tumor removido. A cirurgia também ocorreu em Cuba e, posteriormente, ele passou por tratamento de radioterapia.
Em julho, quando era candidato à reeleição, o presidente voltou a dizer que havia vencido a batalha contra o câncer. Aos opositores, Chávez dizia que seus problemas de saúde não o impediriam de vencer a eleição que poderia mantê-lo no poder até 2019.
Em novembro, após vitória nas urnas, a Assembleia Nacional autorizou a viagem de Chávez a Cuba para receber terapia hiperbárica, um tratamento complementar comum em pacientes que receberam radioterapia.
Em dezembro, Chávez anunciou que voltaria a Cuba para ser submetido a uma nova cirurgia devido ao retorno do câncer. Ele designou o vice, Nicolás Maduro, como o eventual sucessor se não fosse capaz de voltar ao poder. Foi a primeira vez que Chávez admitiu, publicamente, que a doença poderia impedi-lo de seguir à frente do país.
Após a realização da cirurgia, foi Maduro quem passou a fazer relatos do estado de saúde de Hugo Chávez. A oposição criticava o governo, acusando-o de sonegar informação sobre a real situação do mandatário.
Chávez não conseguiu tomar posse de seu novo mandato, em 10 de janeiro. Após disputa judicial, o Tribunal Superior de Justiça entendeu que a presença dele não era necessária, e que uma posse formal poderia ocorrer em outra data a ser marcada posteriormente.
Em 18 de fevereiro, surpreendendo a todos, Hugo Chávez anunciou, pelo Twitter, que estava voltando à Venezuela. Ele foi diretamente para um hospital militar na capital Caracas.
Trajetória
Hugo Rafael Chávez Frías nasceu em 28 de julho de 1954, em Sabaneta, estado de Barinas, no oeste do país. Filho de professores, ele casou e se divorciou por duas vezes. Tem quatro filhos – duas mulheres e um homem do primeiro matrimônio, e uma menina do segundo – e três netos.
Militar reformado, Chávez entrou para a política depois de uma fracassada tentativa de golpe de Estado que o levou à prisão, em 1992.
Desde que venceu as primeiras eleições presidenciais, em 1999, com a promessa de pôr fim à "partidocracia corrupta" em que o governo havia se transformado e de distribuir a renda do petróleo entre os setores excluídos da sociedade, o presidente assumiu um estilo único de fazer política.
Ele chegou ao poder em fevereiro daquele ano como o 47º presidente da Venezuela, jurando sobre uma Constituição que ele afirmou estar "moribunda".
Entre suas primeiras decisões, proibiu que o Departamento Antidrogas dos Estados Unidos fizesse sobrevoos no país e, anos mais tarde, em 2008, expulsou o embaixador americano.
No final de 1999, alcançou o seu objetivo de mudar a carta magna da Venezuela e iniciar o que chamou de "Revolução Bolivariana".
Crises políticas
Chávez enfrentou momentos difíceis no poder, como quando, depois de vários dias de greves nacionais, em 11 abril de 2002, sofreu um golpe de Estado que o tirou do poder por quase 48 horas. Após tumultos e 19 mortes, o líder venezuelano foi restituído ao cargo por militares leais, com a mobilização de milhares de seguidores pelas ruas de Caracas.
Naquele mesmo ano, uma greve liderada por trabalhadores, empregadores e contratados da estatal de petróleo de Venezuela paralisou a indústria vital para o país. A greve prolongou-se até fevereiro de 2003 e derrubou a produção petrolífera, impactando com força a economia.
Os trabalhadores criticavam a implantação do projeto de "grande revolução bolivariana", que atingiu proprietários de terras, produtores de combustíveis e bancos. O termo é referência ao líder revolucionário Simón Bolívar, responsável pela independência de vários países da América do Sul, em quem Chávez dizia se inspirar.
Em 2004, após violentos protestos da oposição que deixaram outros nove mortos, Chávez submeteu-se novamente a um referendo público que o confirmou no poder.
Reeleição em 2006
Em 2006, em nova eleição presidencial, ele obteve 62% dos votos contra o opositor Manuel Rosales. No novo mandato, Chávez declarou a transformação da Venezuela em um Estado socialista.
Durante este período, o militar reformado iniciava seu projeto de estatização da maioria das empresas venezuelanas, em setores cruciais como telecomunicações e eletricidade. Em maio de 2007, a Radio Caracas Television, emissora mais antiga da Venezuela, encerrou suas transmissões após não ter sua concessão renovada pelo governo.
Iniciava-se também sua tentativa de reforma na Constituição, que permitira sua reeleição por tempo indefinido. Após uma primeira derrota, ocorrida no final de 2007, o projeto foi aprovado em referendo popular em fevereiro de 2009.
Em 2010, Chávez sofreu sua primeira derrota nas urnas, em eleições legislativas. Apesar de ter obtido a maioria dos votos, seu partido não conseguiu dois terços da Assembleia Nacional venezuelana, objetivo necessário para facilitar a aprovação dos projetos do governo.
Com uma manobra política, no entanto, conseguiu aprovar um dispositivo que o permitiu governar por mais seis meses por decretos de emergência.
Entrada na Mercosul
A Venezuela entrou oficialmente no Mercosul em 13 de agosto de 2012, depois de cerimônia simbólica em 31 de julho ocorrida em Brasília, com a presença de Hugo Chávez.
O ingresso ocorreu após Brasil, Argentina e Uruguai suspenderem o Paraguai do bloco como sanção pelo impeachment do presidente Fernando Lugo. Em 22 de junho do ano passado, o Senado do Paraguai votou pela destituição de Lugo no processo político "relâmpago" aberto contra ele na véspera e encarado pela comunidade de países sul-americanos como golpe. O país vinha impondo o veto à entrada da Venezuela no grupo.
"Faz tempo que a Venezuela devia entrar no Mercosul. Mas como está escrito na Bíblia, tudo o que vai ocorrer sob o sol tem sua hora", disse Chávez à ocasião. "Nos interessa muito sair do modelo petroleiro, impulsionar o desenvolvimento agrícola da Venezuela [...] Temos disponíveis mais de 30 milhões de hectares para o desenvolvimento da agricultura", afirmou.
O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Antonio Patriota, disse em setembro de 2012 que "houve unanimidade no Mercosul e Unasul para a suspensão do Paraguai. O que reforçou a suspensão foi o fato de todos os países, como gesto de repúdio, retiraram seus embaixadores, o que não ocorreu em Caracas, na Venezuela".
Com o ingresso da Venezuela, o Mercosul passou a contar com população de 270 milhões de habitantes, ou 70% da população da América do Sul. Segundo o Ministério de Relações Exteriores brasileiro, o PIB do bloco será de US$ 3,3 trilhões (83,2% do PIB sul-americano), com território de 12,7 milhões de km² (72% da área da América do Sul).
Reeleição em 2012
Em 7 de outubro, Chávez derrotou Henrique Capriles Radonski, mesmo com uma campanha limitada, e garantiu novo mandato, o quarto consecutivo, até 2019, prometendo "radicalizar" o programa socialista que vinha implantando no país.
O presidente teve cerca de 54% dos votos, contra 45% do oponente, e o comparecimento às urnas foi de quase 81%. Dilma disse na ocasião que a vitória foi um "processo democrático exemplar".

Durante a campanha, Chávez pediu a vitória para tornar "irreversível" o seu sistema socialista e acelerar o Estado comunista, algo que os críticos veem como uma nova manobra para concentrar mais poder em suas mãos. Ele não hesitou em falar em uma “ameaça de guerra civil” caso o rival ganhasse as eleições.
Capriles foi o primeiro adversário a ter chances reais de derrotar Hugo Chávez, ao capitalizar o descontentamento acumulado durante os mandatos do presidente. Em conversa com o G1 na época, ele disse que seguiria o modelo brasileiro caso fosse eleito.

Além de ser comandante-em-chefe das Forças Armadas e presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), com maioria na Assembleia Nacional, Hugo Chávez também controlava a mídia estatal.
Política externa
A política externa foi inspirada pelo líder cubano Fidel Castro e marcada por críticas contra o "imperialismo" dos Estados Unidos, país que ele acusa de ser responsável pelo breve golpe que sofreu em 2002 e por questões que vão desde a mudança climática até uma suposta tentativa de assassiná-lo.
Durante sua gestão, Hugo Chávez reforçou a cooperação com seus aliados de esquerda na América Latina como Bolívia, Equador, Nicarágua, além de tecer parcerias com os governos polêmicos de Irã, Síria, Belarus, Líbia, entre outros. Ele foi pragmático o suficiente, entretanto, para continuar a vender diariamente para os Estados Unidos um milhão de barris de petróleo.
Com os seus "petrodólares", estabeleceu iniciativas regionais como o grupo de coordenação política Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) e subsidiou o petróleo da Petrocaribe, aliança entre alguns países do Caribe com a Venezuela.
O presidente venezuelano tratava outros líderes internacional com intensidade, respeito ou desprezo, chegando a dizer que havia sentido cheiro de "enxofre" na tribuna da Assembleia Geral da ONU, em 2007, após ter passado pelo então presidente americano, George W. Bush, que já foi chamado por Chávez de bêbado e genocida.
Barack Obama, a quem Chávez parabenizou pela eleição em 2008, foi taxado mais tarde de "farsante". Quando Obama foi reeleito em outubro deste ano, o venezuelano disse desejar que o americano "se dedique a governar seu país, deixando de invadir povos e desestabilizar países".
Chávez tinha apreço especial por Lula e Dilma devido ao histórico de combate dos brasileiros durante a ditadura militar. "Eu e Lula somos irmãos. Somos mais que irmãos. Somos, como já disse Fidel Castro, esses tipos que andam por aí fazendo coisas, como Dilma, Cristina [Fernandez, presidente da Argentina], Néstor [Kirchner, ex-presidente argentino]”, disse Hugo Chávez, durante a primeira visita oficial da presidente brasileira à Venezuela.
Populismo
Hugo Chávez manteve-se no poder graças à implementação das suas "missões", programas sociais que melhoraram os níveis de educação e saúde públicas venezuelanas, embora a pobreza, o desemprego e a violência tenham se espalhado pelo país, que possui uma das maiores reservas de petróleo da região.
Sua popularidade contrastava com a rejeição vinda da classe média, afetada pelas restrições econômicas impostas em nome da revolução e por políticas de desapropriação de empresas privadas.
Seu discurso beligerante polarizou a sociedade ao demonizar os oponentes e queimar todas as pontes de entendimento com a outra metade do país – politicamente, uma estratégia muito rentável, admitem fontes próximas ao governo.
Viciado em comunicação, convocava constantemente a cadeia nacional de rádio e TV para longos discursos, além de comandar por muito tempo o programa semanal "Alô, Presidente", no qual discutia suas ideias políticas, recebia convidados para entrevistas, entregava obras públicas e até vendia eletrodomésticos chineses com preços subvencionados pelo governo.
Tornou-se também um grande usuário do Twitter, onde reunia milhares de seguidores, mas diminuiu o uso do microblog após a eleição de 2012.


Fonte: g1.globo.com
 

billshcot

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Chávez pode ter morrido em Cuba

O anúncio da morte do Presidente da Venezuela, por parte do vice-presidente, Nicolás Maduro, poderá ter sido atrasado para que o corpo de Hugo Chávez pudesse ser transladado para Caracas, noticia esta quarta-feira o jornal espanhol ABC.

Citando "as fontes habituais do diário", o ABC refere que, apesar de o anúncio da morte do Presidente venezuelano ter ocorrido às 13h00 locais (21h00 em Lisboa), o óbito de Chávez terá ocorrido seis horas antes.

"Na realidade, Chávez faleceu por volta das sete da manhã [horas locais, 15h00 em Lisboa], segundo indicaram as fontes habituais deste diário, em contacto com a equipa médica. Parte da estratégia do ato protagonizado por Maduro horas antes foi de dispersar as atenções da comunicação social, para assim facilitar as operações de transladação do corpo do falecido Presidente num avião desde Cuba", escreve o ABC, na sua página na Internet.

De acordo com a mesma fonte, "a morte de Chávez estava anunciada".

"Na noite de segunda-feira, um telefonema alertou este diário de que a família do Presidente concordava que os médicos poderiam desistir de prolongar-lhe a vida. Se previa, então, que nas horas seguintes se procederia ao desligamento da assistência artificial que sustinha o paciente. Quando ocorresse a morte, o cadáver seria transportado de Cuba para a Venezuela para que fosse anunciado ao povo o falecimento do Presidente, como se tivesse ocorrido no Hospital Militar de Caracas", conclui o ABC.

Hugo Chávez, de 58 anos e Presidente desde 1998, morreu esta terça-feira, após uma luta de quase dois anos contra um cancro, um período durante o qual se sujeitou a quatro intervenções cirúrgicas em Cuba, a última das quais a 11 de dezembro passado.

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billshcot

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Maduro nomeado presidente interino

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela anunciou esta quarta-feira que, face à morte, de Hugo Chávez na terça-feira, o vice-presidente, Nicolas Maduro, assumirá as funções de presidente interino e que dentro de 30 dias haverá eleições.

"Foi o mandato que o comandante Presidente Hugo Chávez nos deu", afirmou Elias Jaua ao canal de televisão Telesur.

Hugo Chávez, morreu na terça-feira, em Caracas, quase três meses depois de ter sido operado pela quarta vez a um cancro, a 11 de dezembro de 2012, em Havana, e dois meses depois de ter sido reeleito para o seu terceiro mandato.

Chávez, que morreu com 58 anos, regressou à Venezuela em 18 de fevereiro, ficou internado no Hospital Militar de Caracas e não chegou a tomar posse como presidente, ficando o lugar assegurado pelo vice-presidente, Nicolás Maduro, numa decisão autorizada pela Justiça venezuelana apesar dos protestos da oposição.

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billshcot

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Funeral de Chávez na sexta-feira

O Governo venezuelano decretou sete dias de luto no país pela morte do Presidente Hugo Chávez, na terça-feira, vítima de cancro.

Segundo a AFP, as cerimónias fúnebres decorrem sexta-feira e já foram convidados diversos líderes estrangeiros.

De acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros venezuelano, Elias Jaua, o corpo do Presidente Hugo Chávez será transferido para a Academia Militar de Caracas, antes do funeral nacional, previsto para a próxima sexta-feira.

"As exéquias e a homenagem póstuma em câmara ardente na entrada da Academia Militar vão decorrer na quarta, quinta e sexta-feira", indicou Jaua, sem precisar onde será enterrado o corpo.

Acrescentou ainda que diversos presidentes são espperados nas cerimónias fúnebres.

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raposo_744

GF Prata
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E agora quem nos vai comprar os magalhães?:unfair:
 

billshcot

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Israel não comenta morte de Chávez

O ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel declinou esta quarta-feira fazer um comentário sobre a morte do presidente venezuelano Hugo Chávez, dirigente que levou as relações com o Estado judeu ao seu ponto mais baixo.

"Não temos nada a dizer sobre essa questão", disse à agência noticiosa espanhola EFE o porta-voz do ministério, Igal Palmor.

Em janeiro de 2009, Caracas rompeu as relações diplomáticas com Israel, logo depois de ter expulsado o embaixador israelita na Venezuela.

O governo de Chávez criticou duramente Israel nos fóruns internacionais e pediu a condenação da ONU pelo incumprimento de resoluções deste organismo e violação dos direitos do povo palestiniano.

Israel acusou repetidamente a Venezuela de manter estreitas relações com o movimento radical palestiniano Hamas, o grupo xiita libanês Hezbollah e o Irão.

Em 2009, Chávez chamou publicamente "louco", "malandro" e "ladrão" ao então chefe da diplomacia israelita Avigdor Lieberman.

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billshcot

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Portas vai ao funeral de Chávez

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, vai representar o Estado português no funeral do presidente venezuelano, Hugo Chávez, na sexta-feira em Caracas, disse nesta quarta-feira à Lusa fonte do MNE.

Paulo Portas está desde domingo em visita à Índia e passou a chefia da missão ao secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, adiantou a fonte, em Bombaim (Mumbai).

O ministro dos Negócios Estrangeiros iniciou a visita à Índia no domingo, com deslocações a Nova Deli, Bombaim e Goa. A ultima etapa da visita, a Goa, vai decorrer já chefiada pelo secretário de Estado da Cultura.

Hugo Chávez morreu na terça-feira, em Caracas, quase três meses depois de ter sido operado pela quarta vez a um cancro, a 11 de dezembro de 2012, em Havana, e quase cinco meses depois de ter sido reeleito para o seu terceiro mandato, em 07 de outubro.

Chávez, que morreu com 58 anos, regressou à Venezuela em 18 de fevereiro, ficou internado no Hospital Militar de Caracas e não chegou a tomar posse como Presidente, ficando o lugar assegurado pelo vice-presidente, Nicolás Maduro, numa decisão autorizada pela Justiça venezuelana apesar dos protestos da oposição.

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ONU faz silêncio por Chávez

O Conselho de Direitos Humanos da ONU cumpriu esta quarta-feira um minuto de silêncio em memória do Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que morreu na terça-feira em Caracas.

O Conselho, reunido em Genebra na 22.ª sessão ordinária, suspendeu temporariamente os trabalhos após uma solicitação da embaixadora de Cuba, Anayansi Rodríguez, que aproveitou a sua intervenção para pedir o cumprimento de um minuto de silêncio.

A embaixadora cubana leu uma declaração em nome dos países que integram a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), cuja atual presidência é ocupada por Cuba, que expressaram a "mais profunda solidariedade com o povo e o Governo da irmã República Bolivariana da Venezuela, e em particular com os familiares e amigos do comandante Chávez".

"É difícil assimilar este doloroso acontecimento. A sua morte comove a todos. Deixou de existir fisicamente um homem excecional, extraordinário, respeitado e admirado a nível mundial, (...) todos, incluindo os seus adversários políticos, desejavam a sua rápida recuperação", indicou a diplomata cubana, citando o documento assinado pelos países-membros da CELAC.

Na mesma intervenção, Anayansi Rodríguez destacou os progressos da Venezuela durante o Governo de Chávez, nomeadamente na erradicação do analfabetismo e na democratização do acesso à educação. A cobertura universal do sistema de saúde, o aumento do salário mínimo e a diminuição dos níveis de pobreza foram outros feitos da liderança de Chávez, segundo a diplomata cubana.

"O comandante Chávez não é da Venezuela, é do mundo e da nossa América. Os nossos povos vão recordá-lo mais do que nunca e vão continuar a sua obra, é a melhor homenagem e o tributo possível a um homem de tal elevação política e liderança", concluiu a embaixadora.

Hugo Chávez morreu na terça-feira aos 58 anos vítima de um cancro que lhe foi detetado em junho de 2011.

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Reações à morte de Hugo Chávez

Várias figuras nacionais e internacionais comentaram a morte do presidente venezuelano Hugo Chávez, que faleceu esta terça-feira.

O rei Juan Carlos de Espanha evocou o "empenho e dedicação" de Hugo Chávez "pelo seu país e pelo conjunto da Iberoamérica" e transmite a Maduro os seus "melhores desejos de amizade e boas perspetivas das relações bilaterais entre os povos espanhol e venezuelano".

As relações entre Juan Carlos e Hugo Chávez vão ficar indissociavelmente ligadas ao incidente ocorrido durante a XVII Conferência Ibério-Americana, que decorreu em Santiago do Chile em novembro de 2007, quando o monarca espanhol mandou calar o líder venezuelano.

"Por qué no te callas?" (Por que não te calas?) foi a frase dirigida a Chávez pelo monarca, uma exaltação motivada pelas frequentes interrupções do líder venezuelano a uma intervenção do então primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodriguez Zapatero.

O antigo primeiro-ministro José Sócrates recordou Chávez como um "presidente carismático": "Uma vida de vontade, consagrada à ação e ao que esta tem de início, de surpreendente, de inatendido. Uma vida com os outros, ao lado dos outros, com a ambição da justiça própria de quem sempre teve uma visão otimista da natureza humana".

"É declarado luto oficial em todo o país, pelo período de três dias, contado a partir da data de publicação deste decreto, em sinal de pesar pelo falecimento de Hugo Rafael Chávez Frias", anunciou Dilma Rousseff, presidente do Brasil.

"A Palestina disse adeus a um amigo fiel que defendeu apaixonadamente o nosso direito à liberdade e à autodeterminação. O seu contributo para a causa da dignidade não tinha fronteiras e alcançou os corações e mentes do mundo árabe", disse Nabil Shaat, chefe do departamento de Relações Internacionais do Fatah e assessor presidencial.

Já o ator Sean Penn fez questão de falar em nome do seu país: "Hoje, as pessoas dos Estados Unidos perderam um amigo que nunca pensaram que tinham. E os pobres do resto do Mundo perderam um campeão".

"Odiado pelas classes dominantes, Chávez viverá para sempre na História.", comentou o realizador Oliver Stone.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, expressou as suas condolências: "O presidente Chavéz foi um amigo de Portugal e, por isso mesmo, eu já escrevi ao vice-presidente Nicolas Maduro e ao meu colega ministro dos Negócios Estrangeiros, expressando as condolências do Governo português".

"Acabo de ouvir a notícia do sensível falecimento do presidente da República, Hugo Rafael Chávez Frias, por quem elevo as minhas orações ao senhor pelo eterno descanso da sua alma", disse, a partir de Roma, ao canal estatal Vale TV, o cardeal e arcebispo de Caracas, Jorge Urosa.

O presidente do Irão, Mahmud Ahmadinejad, encara a morte de Chávez com suspeita: "Ele morreu de uma doença suspeita e deu a sua vida à elevação do seu país e à liberdade do seu povo".

"Era um homem fora do comum e forte, que olhava para o futuro e que era sempre extremamente exigente consigo próprio", comentou o presidente russo, Vladimir Putin.

"A União Europeia recebeu com pesar a notícia do falecimento do presidente da República Bolaviriana da Venezuela, Hugo Chávez", disse o presidente da Comissão Europeira, Durão Barroso.

Já Israel decidiu não comentar a morte de Hugo Chávez, uma vez que Caracas rompeu com as ligações diplomáticas com o Estado judeu em 2009: "Não temos nada a dizer sobre essa questão", afirmou o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros isrealita, Igal Palmor.

Alberto João Jardim salientou as virtudes - "(...) o seu amor indiscutível à Pátria venezuelana, ter acabado com um regime de partidocracia corrupta que antes a Venezuela vivia e ter tido a antevisão das consequências do liberalismo e do capitalismo selvagem para o mundo, como estamos hoje a assistir" - e o único defeito do presidente venezuelano - "(...) pensar que a alternativa para isto era o socialismo, quando o socialismos nunca foi alternativa para coisa alguma".

"Tive uma grande tristeza com a morte do Presidente da Venezuela porque fui amigo dele (...) Fartámo-nos de falar e depois fui eu que o pus a vir a Portugal, que o pus em contacto com o, na altura, primeiro-ministro, José Sócrates", disse o antigo Presidente da República, Mário Soares.

O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho enviou um comunicado ao vice-presidente daquele país, Nicolás Maduro: "Assinalo, nesta hora de recolhimento e reflexão, o importante contributo que o Presidente Chávez sempre quis e soube dar para o aprofundamento das expressivas relações entre a Venezuela e Portugal, incrementando o nosso intercâmbio aos mais diversos níveis, e a preocupação patenteada com o bem-estar e o destino da extensa comunidade portuguesa ali radicada que, com trabalho e grande motivação, tão bem se inseriu na sociedade civil venezuelana".

"Chávez compreendeu e apoiou sempre os legítimos interesses árabes face à conspiração contra a Síria e em várias ocasiões exprimiu a sua solidariedade com a liderança e o povo sírios face a ataques imperialistas selvagens", indicou a agência oficial Sana aquando do anúncio da morte do presidente venezuelano.

"Com a morte do presidente Chávez desaparece uma das figuras mais influentes da história contemporânea da Venezuela", afirmou Mariano Rajoy, presidente do governo espanhol.

O Presidente da República Cavaco Silva fez questão de enviar uma nota ao povo venezuelas: "Ao tomar conhecimento da notícia do falecimento do Presidente Hugo Chávez, chefe de Estado de um país que acolhe uma importante comunidade portuguesa e com o qual Portugal mantém estreitas relações, apresento ao povo da Venezuela, em meu nome e no do povo Português, as nossas sentidas condolências".

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