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Cavaco diz que vozes da 'manif' têm de ser ouvidas
O Presidente da República considerou hoje que as vozes na manifestação que ocorreu no sábado "não podem deixar de ser escutadas", sublinhando que quem se manifesta respeitando a lei merece todo o respeito.
"Uma manifestação com aquela dimensão, as vozes que se fizeram ouvir não podem deixar de ser escutadas", afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, quando questionado sobre as manifestações realizadas sábado em várias cidades do país.
Questionado se se sentiu "atingido", já que o seu nome foi vaiado, Cavaco Silva lembrou que o direito de manifestação está consagrado na Constituição e que quem se manifesta respeitando as leis da República merece o maior respeito.
"Devemos todo o respeito àqueles que se manifestam respeitando a Constituição e as leis da República e devemos compreender bem face aos números do desemprego, o encerramento de empresas e até o alargamento das situações de pobreza no nosso país", disse o Presidente da República, que falava aos jornalistas no final da cerimónia de inauguração da Moagem da Nacional, na Fábrica da Cerealis, em Lisboa
Reiterando que é necessário colocar como primeira prioridade o crescimento económico e a criação de emprego, o chefe de Estado lembrou que há muito tempo que manifesta aquelas que são as suas preocupações, quer através das intervenções públicas que tem, quer nos diálogos que mantém com entidades nacionais e internacionais.
"Basta ver a minha intervenção na mensagem de ano novo, como eu coloquei como primeira prioridade ao lado de uma consolidação orçamental, que não deixará de ser realizada, o crescimento económico e a criação de emprego", recordou.
Fonte: Lusa/SOL