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Draghi saúda compromisso do PS com programa da ‘troika'

billshcot

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Nov 10, 2010
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Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, respondeu hoje à carta enviada a 17 de Fevereiro por António José Seguro.

"A continuação da implementação do programa de forma decisiva é fundamental (...), pelo que saúdo o seu compromisso para com os objectivos do mesmo", escreveu Mario Draghi a António José Seguro, líder do PS. A carta, que foi hoje enviada por email mas também seguiu por correio tradicional, visa responder a um apelo feito por Seguro em Fevereiro, quando o líder do PS pediu aos chefes das três instituições que compõem a ‘troika' que enviassem a Portugal líderes com capacidade de decisão política, no âmbito da sétima avaliação do programa de resgate, que ainda está a decorrer.

Na resposta a Seguro, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), reconhece que também está preocupado com os níveis do desemprego em Portugal, mas frisa que o caminho deve ser a continuação da implementação do programa da ‘troika'. "O aumento considerável do desemprego e, em particular, do desemprego entre os jovens, em Portugal é, sem dúvida, uma preocupação importante que partilho consigo", diz Mário Draghi, que assegura que acompanha "de perto" a evolução de cada um dos países que compõem a área do euro. "Estou perfeitamente ciente das consideráveis dificuldades que o ajustamento económico envolve", garante Draghi.

Mas o programa deve continuar, até porque esta é a única forma de regressar totalmente aos mercados: "Restaurar a solidez das finanças públicas e garantir a sustentabilidade orçamental são uma parte essencial do processo de ajustamento e pré-requisitos indispensáveis com vista a levar o programa a bom termo e para o regresso a um financiamento completo junto do mercado", explica o presidente do BCE.

Draghi recupera as causas da crise, e lembra que "a economia portuguesa acumulou desequilíbrios e vulnerabilidades significativos, de que é um exemplo a substancial perda de competitividade, patente nos fortes aumentos dos custos do trabalho em relação aos parceiros comerciais da área do euro e nos elevados défices da balança de transacções correntes". Para o presidente do BCE, "esta evolução era insustentável e, portanto, o ajustamento tornou-se inevitável".

Mais: para Draghi, os efeitos negativos deste ajustamento na economia, não são mais do que o reflexo da "magnitude dos desequilíbrios anteriormente existentes em conjugação com a rigidez estrutural que inibe o ajustamento". O programa da ‘troika' é uma forma de fazer este ajustamento de modo ordeiro, defende Draghi, frisando que "o retorno a um crescimento sustentável e robusto não será possível sem ajustamento".

O presidente do BCE admite que o ajustamento tem de ser "cuidadosamente calibrado", mas lembra que essa avaliação é feita a cada revisão do memorando. "A consolidação das finanças públicas poderá ter alguns efeitos negativos de curto prazo na actividade económica", continua a carta, "contudo, no médio prazo, a maior sustentabilidade das posições orçamentais constituirá certamente um importante catalisador de crescimento".

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