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Cavaco pede consenso político

billshcot

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Nov 10, 2010
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O Presidente da República reconhece que a situação política tem merecido a sua "permanente atenção e acompanhamento", defendendo que a execução do programa de ajustamento exige solidez na coligação governativa e "muito beneficiaria" com um consenso político alargado.

No prefácio do livro ‘Roteiro VII', que assinala o segundo aniversário na tomada de posse do seu segundo mandato em Belém e que está disponível no 'site' da Presidência da República, o chefe de Estado fala sobre a atuação do Presidente da República em tempos de crise, dividindo o "guião" em dois planos: interno e externo.

No plano interno, Cavaco Silva defende que a magistratura de influência deve ser exercida no sentido de preservar consensos políticos e sociais, centrando a mensagem nos fatores de crescimento económico, estabilidade política e coesão nacional.

"No plano político, era por demais evidente que a execução do acordo celebrado com as instituições internacionais exigia solidez e consistência na coligação governativa e muito beneficiaria de um consenso político alargado envolvendo as forças partidárias comprometidas com o programa de assistência financeira", refere o Presidente da República.

Pois, acrescenta, esse consenso político permitiria que as medidas previstas fossem levadas à prática tendo em conta as diferentes sensibilidades da sociedade portuguesa.

Sustentando que as informações que dispunha apontavam como certo que uma crise política grave na fase crítica de execução do programa de assistência financeira colocaria "o país numa situação ainda mais penosa", Cavaco Silva defende que, por isso, "devia atuar de modo a evitar que ela ocorresse".

"Estas são questões políticas que têm merecido, da minha parte, permanente atenção e acompanhamento. Trata-se de uma área de grande delicadeza e melindre, que suscita dificuldades específicas, há que atuar neste domínio com redobrado bom senso e sempre com imparcialidade e discrição", sublinha, revelando que ao longo dos dois últimos anos as políticas associadas à execução do programa de assistência financeira e a situação económica e social foram "temas dominantes" nas audiências semanais com o primeiro-ministro.

Nas 20 páginas do prefácio, Cavaco Silva classifica ainda como essencial a existência de um "consenso social firme e duradouro", porque só assim poderão ser atenuados os efeitos negativos do programa de ajustamento sobre a produção e o emprego e os sacrifícios exigidos aos portugueses".

"Daí a necessidade de prestar igualmente uma atenção especial à defesa do diálogo e da concertação entre o Governo e os parceiros sociais", preconiza.

As "injustiças sociais" merecem também uma nota por parte do chefe de Estado, que recorda uma frase do discurso que proferiu na tomada de posse do atual Governo: "a justiça na repartição dos sacrifícios tem de ser uma marca da governação que agora se inicia".

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