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Projeto torna "FarmVille" real e permite gerir hortas verdadeiras via Internet

castrolgtx

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Um projeto de alunos do Instituto Politécnico de Beja transformou o jogo que animou o Facebook de milhões de pessoas, o FarmVille" em realidade. À distância, pode gerir uma horta, real, escolher o que quer semear, acompanhar o crescimento e, no fim, recebe os produtos em casa. Sem químicos.

Quem vê Ester Candeias "de olho" na planta virtual de uma horta no computador pensará que joga "FarmVille", mas, de facto, gere uma horta verdadeira, através de um projeto que transpõe para a realidade a lógica do jogo.

Ester é cliente do projeto MyFarm.com.pt, criado por um professor e cinco alunos do Instituto Politécnico de Beja (IPB) para permitir a clientes terem hortas reais geridas via Internet e receberem os produtos em casa, enquanto no "Farmville" o jogador gere uma quinta virtual, sem poder provar o que produz.

"Há bichinhos que nos roem" e ter uma horta era um dos seus, contou à agência Lusa, Ester, de 61 anos, referindo que o projeto, ao qual aderiu no início da fase piloto, em abril de 2012, é "uma maravilha".

O MyFarm.com permite a pessoas "sem tempo, paciência, conhecimentos e terreno" terem uma horta real, mas totalmente gerida via Internet, disse o professor e coordenador do projeto Luís Luz.

Os clientes gerem as hortas e controlam a produção, desde a sementeira à colheita, através da Internet, como no jogo, mas têm a "grande vantagem" de aquelas serem reais, ao ponto de receberem os produtos em casa, frisou.

"O cliente pode não perceber nada de agricultura, o que é o caso de muitos", porque só tem que decidir o que quer produzir e não precisa de mexer na terra, já que a equipa do projeto aconselha e faz os trabalhos na horta, disse Raul Santos, um dos alunos mentores do MyFarm.com.pt.

Couves, alfaces, alhos, cebolas e coentros são alguns dos produtos da horta de Ester, um dos 12 clientes da fase piloto, a decorrer até final de abril, no Centro Hortofrutícola do IPB.

"Sabe muito bem" receber em casa produtos hortofrutícolas "sem produtos químicos" e sabendo "de onde vêm", realçou Ester, frisando que, "a maior parte das vezes", as pessoas compram este tipo de produtos e nem sabem de onde vêm ou como são produzidos.

"Não há nada como sabermos aquilo que comemos", frisou, referindo que, atualmente, investe cerca de 50 euros por mês na horta, a qual quer manter.

O MyFarm.com, projeto "semi-académico e inovador", já permitiu criar uma empresa e os promotores querem transformá-lo num negócio e expandi-lo para outros centros urbanos, como Setúbal, Lisboa e Porto, onde estão os "potenciais clientes", disse Luís Luz.

Atualmente, há 575 pessoas espalhadas pelo país interessadas em aderir ao projeto, indicou o professor, explicando que a expansão deverá ser feita através de parcerias com pequenos hortelões.

"Tenho ideia de que [o projeto] vai resultar e ser uma nova maneira de as pessoas verem e se aproximarem mais da agricultura e quero fazer disto a minha vida", frisou Raul Santos.

Atualmente, os custos dos produtos para os clientes são "inferiores ou muito semelhantes" aos preços do mercado e, na fase de expansão, deverão rondar os 25 euros por semana, valor "semelhante" ao de alguns cabazes semanais entregues ao domicílio, disse Luís Luz.

Os clientes, através das suas áreas pessoais, no sítio de Internet do projeto, em www.myfarm.com.pt, além de gerirem, também podem observar as hortas em tempo real, já que são filmadas 24 por dia por câmaras web.

"É agradável", frisou Ester, referindo que "todos os dias" vê a sua horta, via Internet, o que lhe "faz muito bem ao ego e à alma".








JN
 
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