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"A crise ainda não terminou apesar da acalmia dos mercados"

billshcot

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Nov 10, 2010
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Presidente do Bundesbank evitou comentar as notícias sobre alegadas pressões para que o BCE abandone a ‘troika'.

"A crise ainda não terminou, apesar da acalmia dos mercados", disse hoje Jens Weidmann, que tem assento por inerência do cargo no conselho de governadores do BCE, durante a conferência de imprensa de apresentação dos resultados anuais do Bundesbank.

Weidmann foi questionado sobre as notícias relevadas pela imprensa alemã que deram conta de algum cepticismo dentro do BCE quanto à participação da instituição na ‘troika', alegando que podem existir conflitos de interesses e que essa função pode ferir a independência do banco. "Essa questão não se coloca de momento", respondeu, acrescentando contudo que a participação do BCE na ‘troika' não faz parte das suas funções ‘core'.

Já em entrevista à Bloomberg, o banqueiro germânico voltou a frisar que no seu entendimento, e ao contrário do que pensa Paris, "a taxa de câmbio do euro não representa uma ameaça para a economia" porque "o que temos actualmente não desalinha por completo com os fundamentais e corresponde em grande parte à média histórica". Um euro vale hoje 1,3034 dólares.

Na mesma entrevista, Weidmann repetiu que o BCE manterá uma postura acomodatícia "durante o tempo que for necessário", mas também referiu que a política monetária global tornou-se mais expansionista, "o que pode acarretar riscos para a estabilidade financeira de alguns mercados".

Sobre os novos poderes do BCE, Weidmann diz ser "impossível" para o banco central assumir todas as seus novas tarefas ao longo deste ano. E diz que a contratação de colaboradores para responder a esse reforço de funções só deve arrancar em Julho.

O líder do banco central alemão disse ainda ter muitas dúvidas em relação à capacidade de a política monetária levada a cabo pelo BCE ter um efeito directo no custo de financiamento das pequenas e médias empresas (PME). "Estou céptico sobre se podemos ou devemos influenciar os custos de financiamento das PME de países específicos através da política monetária", considerou, argumentado que o diferencial de juro entre países e empresas "é muitas vezes causado por factores fora da nossa esfera de influência". E referiu que algumas nações, como a Alemanha com o KfW, criaram instituições para cuidar desse problema.

O Bundesbank fechou 2012 com lucros de 664 milhões de euros face ao resultado positivo de 643 milhões alcançado no ano anterior. As provisões para riscos gerais de crédito aumentaram em 6,7 mil milhões para 14,4 mil milhões de euros.

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