billshcot
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Catroga diz em entrevista à Antena 1 que face ao nível de riqueza do país o corte na despesa devia ser de oito mil milhões.
"É preciso que os portugueses tenham consciência que o excesso de despesa pública para garantir a sustentabilidade da despesa pública a prazo, e para criarmos condições para o relançamento da actividade económica, não são 4 mil milhões de euros", afirmou o antigo ministro das Finanças Eduardo Catroga em entrevista à Antena 1.
Ao invés, face ao nível de riqueza "actual e aquele que podemos criar na próxima meia dúzia de anos", o que se verifica é que "temos excesso de despesa de oito mil milhões de euros". "Não aguentamos uma despesa pública total superior à riqueza anual em 40% e ainda estamos com 46-47% [do Produto Interno Bruto (PIB)]", sublinhou Catroga.
O presidente do Conselho Geral e Supervisão da EDP defende ainda que Portugal deve pedir não um ano mas dois para baixar o défice orçamental para 3% do PIB. "Partir de 11% para se chegar a 2% [de défice] precisamos de, no mínimo, seis anos para um ritmo adequado", disse.
Mas o governo deve renegociar o "programa em várias dimensões", frisou Catroga, para quem "tudo tem de ser concertado com os nossos credores", pois o país não goza de "autonomia estratégica".
Para Catroga, os portugueses estão a "começar a sentir que o Estado não é um poço sem fundo". "No último ano, houve uma melhor interiorização dos graves desequilíbrios económicos e financeiros e do nosso modelo de crescimento errado que seguimos nos últimos dez a quinze anos", precisou.
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"É preciso que os portugueses tenham consciência que o excesso de despesa pública para garantir a sustentabilidade da despesa pública a prazo, e para criarmos condições para o relançamento da actividade económica, não são 4 mil milhões de euros", afirmou o antigo ministro das Finanças Eduardo Catroga em entrevista à Antena 1.
Ao invés, face ao nível de riqueza "actual e aquele que podemos criar na próxima meia dúzia de anos", o que se verifica é que "temos excesso de despesa de oito mil milhões de euros". "Não aguentamos uma despesa pública total superior à riqueza anual em 40% e ainda estamos com 46-47% [do Produto Interno Bruto (PIB)]", sublinhou Catroga.
O presidente do Conselho Geral e Supervisão da EDP defende ainda que Portugal deve pedir não um ano mas dois para baixar o défice orçamental para 3% do PIB. "Partir de 11% para se chegar a 2% [de défice] precisamos de, no mínimo, seis anos para um ritmo adequado", disse.
Mas o governo deve renegociar o "programa em várias dimensões", frisou Catroga, para quem "tudo tem de ser concertado com os nossos credores", pois o país não goza de "autonomia estratégica".
Para Catroga, os portugueses estão a "começar a sentir que o Estado não é um poço sem fundo". "No último ano, houve uma melhor interiorização dos graves desequilíbrios económicos e financeiros e do nosso modelo de crescimento errado que seguimos nos últimos dez a quinze anos", precisou.
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