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'Dizer que não temos bons resultados é um insulto aos portugueses'

florindo

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'Dizer que não temos bons resultados é um insulto aos portugueses'

Passos Coelho acusou hoje o líder do PS de insultar o esforço que os portugueses fizeram nos últimos dois anos.
O primeiro-ministro reagia à intervenção de António José Seguro que questionou "quais os resultados que vão ser apresentados amanhã em Bruxelas".
Acompanhe o debate parlamentar com o SOL."O senhor deputado está a insultar o esforço dos portugueses nos últimos dois anos", afirmou Passos Coelho.
O secretário-geral dos socialistas disse que concordava com a necessidade de "consolidação orçamental" mas desafiou Passos Coelho a trazer a economia para o primeiro plano das prioridades em vez das finanças.
Passos, na resposta, acusou o PS de "não conseguir explicar quanto é que vale a consolidação orçamental" defendida pelos socialistas e "quanto é que precisamos de cortar na despesa permanente". "Enquanto não souber responder a estas perguntas o senhor não pode ser levado a sério", sublinhou o primeiro-ministro.
Na véspera do Conselho Europeu que reúne amanhã em Bruxelas os líderes dos 27 Estados-membro, Passos Coelho reafirmou que "não quero um segundo programa para Portugal" e que o programa de resgate nacional da troika estará concluído em Maio de 2014.
"O que é que o senhor vai dizer a Bruxelas que não pode dizer primeiro aos portugueses? Onde é que o senhor vai cortar para conseguir os quatro mil milhões de euros", questionou o líder dos comunistas, Jerónimo de Sousa.
O primeiro-ministro não respondeu à questão e optou antes por dizer que é preciso continuar a fazer um esforço para que o país regresse à normalidade. "A economia real não pode artificialmente continuar a viver de crédito", afirmou Passos Coelho.
A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, insistiu para que o primeiro-ministro partilhasse com os portugueses o que vai dizer em Bruxelas sobre a sétima avaliação ao programa de resgate. O primeiro-ministro, que optou por abrir a sua primeira intervenção referindo-se ao atraso no fim da missão da troika, acabou por admitir que "há alguns documentos que ainda não está analisados e, portanto, há uma parte da negociação que não está concluída".
Passos garantiu que "ninguém do Governo se vai se pronunciar enquanto decorrer a missão da troika".
Depois da intervenção de Catarina Martins, que acusou o Governo de ser o autor da "ideia de cortar 4 mil milhões de euros e não a troika como anda a afirmar", Heloísa Apolónia, dos Verdes pediu para que o primeiro-ministro explicasse "os efeitos do alargamento do prazo na vida das pessoas".
Passos Coelho afirmou que a extensão do prazo de maturidade dos empréstimos vai servir, sobretudo, "para reduzir o risco que está associado à dívida portuguesa neste momento" e com isso, concretizou, "evitar mais austeridade para suportar este risco elevado".
"Se as famílias e as empresas pagam menos spreads e têm menos custos de financiamento isso vai contribuir para o crescimento da nossa economia", exemplificou o primeiro-ministro.
As intervenções do líder parlamentar do CDS, Nuno Magalhães, e do PSD, Luís Montenegro, acabaram por ser um balão de oxigénio para o primeiro-ministro numa tarde em que toda a oposição exigiu saber como têm decorrido as negociações e quais as medidas que vão sair desta sétima avaliação da troika. Foi lançada então a questão dos desafios da Europa no quadro de uma Economia comum, nomeadamente a necessidade de encontrar soluções conjuntas.
Passos Coelho aproveitou o fôlego para deixar alguns recados: é preciso insistir na necessidade de Portugal fazer algumas "transformações" para acompanhar os esforços na União Europeia rumo à equidade nos mais diferentes sectores. O primeiro-ministro sublinhou que "não podemos ter mercados laborais mais ágeis do que outros" e admitiu que, mesmo neste quadro de convivência dos sistemas democráticos, "é possível responder às exigências competitivas".
Para o final do debate ficou mais uma farpa atirada para a bancada socialista: "estamos a fazer o melhor para tirar o país desta situação de tragédia em que nos colocaram" e que "o caminho que temos de seguir não é um caminho de facilidade nem um caminho de pensar nos resultados das sondagens ou das eleições".

Fonte: SOL
 
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