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CITES: Cinco espécies de tubarão adquirem protecção do finning
Filipa Alves
Cinco espécies de tubarão adquiriram protecção da prática de finning ao reunirem o voto a favor de 178 nações na conferência das partes da convenção CITES. A votação histórica teve lugar na passada segunda feira e foi confirmada depois da tentativa de anulação por parte da China e Japão na última sessão de trabalhos ter falhado.
O finning, que envolve o corte das barbatanas dos tubarões capturados e a devolução dos seus corpos ao mar, constitui uma importante ameaça às populações de tubarões. Com efeito, o facto de os pescadores não terem de armazenar os corpos dos animais até chegar ao porto permite-lhes fazer muito mais capturas por cada dia de pesca, causando um grande impacto nas populações deste tipo de peixes, que apresenta um reduzido número de crias e crescimento lento.
Por esta razão, os conservacionistas têm lutado para pôr fim a prática de finning. De facto, a protecção dos tubarões contra o finning já tinha sido proposta em várias reuniões dos signatários da CITES, não tendo, até à data, conseguido reunir os votos necessários.
No entanto, graças ao apoio da América Latina e dos países da África Ocidental e à promessa feita pela União Europeia de financiar a alteração das práticas piscatórias, a proposta foi aprovada antes de ontem, para três espécies de tubarão-martelo – tubarão-martelo-recortado (Sphyrna lewini), tubarão-martelo-gigante (Sphyrna mokarran) e tubarão-martelo (Sphyrna zygaena) –, bem como para o tubarão-de-pontas-brancas (Carcharhinus longimanus) e o tubarão-sardo (Lamna nasus).
Estas espécies passarão a estar incluídas no Anexo II da CITES, o que significa que só poderão ser comercializadas com licenças especiais. Várias espécies de raias, que têm as taxas reprodutoras mais reduzidas de todos os animais marinhos, também vão figurar no mesmo anexo.
“Estamos emocionados que a maré esteja agora a favor da conservação dos tubarões, com os governos a ouvir a ciência e a agir em prol dos interesses da sustentabilidade”, afirmou Elizabeth Wilson, responsável pela campanha do Pew Environmental Group dedicada aos tubarões. “Com estas novas protecções, os tubarões terão a oportunidade de recuperar e voltar a cumprir o seu papel como predadores de topo”.
Por seu lado, Carlos Drews que encabeçou a delegação da WWF na conferência da CITES, considera “Trata-se de um momento histórico, em que a ciência triunfou sobre a política” ao que acrescentou “Estas decisões de que a CITES regule o comércio de tubarões e raias são oportunias e mostram que os governos podem reunir a vontade política para manter os nossos oceanos saudáveis, assegurando o alimento e outros benefícios para as gerações futuras”.
Fontes: Latest news, sport and comment from the Guardian | The Guardian, BBC - Homepage, Welcome to CITES e wwf.panda.org
Retirado: Naturlink
Filipa Alves
Cinco espécies de tubarão adquiriram protecção da prática de finning ao reunirem o voto a favor de 178 nações na conferência das partes da convenção CITES. A votação histórica teve lugar na passada segunda feira e foi confirmada depois da tentativa de anulação por parte da China e Japão na última sessão de trabalhos ter falhado.
O finning, que envolve o corte das barbatanas dos tubarões capturados e a devolução dos seus corpos ao mar, constitui uma importante ameaça às populações de tubarões. Com efeito, o facto de os pescadores não terem de armazenar os corpos dos animais até chegar ao porto permite-lhes fazer muito mais capturas por cada dia de pesca, causando um grande impacto nas populações deste tipo de peixes, que apresenta um reduzido número de crias e crescimento lento.
Por esta razão, os conservacionistas têm lutado para pôr fim a prática de finning. De facto, a protecção dos tubarões contra o finning já tinha sido proposta em várias reuniões dos signatários da CITES, não tendo, até à data, conseguido reunir os votos necessários.
No entanto, graças ao apoio da América Latina e dos países da África Ocidental e à promessa feita pela União Europeia de financiar a alteração das práticas piscatórias, a proposta foi aprovada antes de ontem, para três espécies de tubarão-martelo – tubarão-martelo-recortado (Sphyrna lewini), tubarão-martelo-gigante (Sphyrna mokarran) e tubarão-martelo (Sphyrna zygaena) –, bem como para o tubarão-de-pontas-brancas (Carcharhinus longimanus) e o tubarão-sardo (Lamna nasus).
Estas espécies passarão a estar incluídas no Anexo II da CITES, o que significa que só poderão ser comercializadas com licenças especiais. Várias espécies de raias, que têm as taxas reprodutoras mais reduzidas de todos os animais marinhos, também vão figurar no mesmo anexo.
“Estamos emocionados que a maré esteja agora a favor da conservação dos tubarões, com os governos a ouvir a ciência e a agir em prol dos interesses da sustentabilidade”, afirmou Elizabeth Wilson, responsável pela campanha do Pew Environmental Group dedicada aos tubarões. “Com estas novas protecções, os tubarões terão a oportunidade de recuperar e voltar a cumprir o seu papel como predadores de topo”.
Por seu lado, Carlos Drews que encabeçou a delegação da WWF na conferência da CITES, considera “Trata-se de um momento histórico, em que a ciência triunfou sobre a política” ao que acrescentou “Estas decisões de que a CITES regule o comércio de tubarões e raias são oportunias e mostram que os governos podem reunir a vontade política para manter os nossos oceanos saudáveis, assegurando o alimento e outros benefícios para as gerações futuras”.
Fontes: Latest news, sport and comment from the Guardian | The Guardian, BBC - Homepage, Welcome to CITES e wwf.panda.org
Retirado: Naturlink