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Elogio de Portas a Chávez incomoda CDS

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Elogio de Portas a Chávez incomoda CDS

Paulo Portas exigiu apoio claro à Venezuela. Preocupação do Governo tem a ver com negócios em curso: 2.000 milhões de euros de investimento estão suspensos, à espera do próximo Presidente.
O elogio a Hugo Chávez feito pelo CDS e PSD no voto de pesar pelo falecimento do Presidente da Venezuela deixou incomodados vários deputados centristas.O texto foi corrigido e acrescentado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros que, em trânsito da Índia (onde se encontrava quando Chávez morreu) para a Venezuela (onde participou nas cerimónias fúnebres), aproveitou a escala em Paris para ‘controlar’ o voto de pesar do CDS e garantir que o Parlamento tomava uma posição unida no momento de votar os quatro textos apresentados pelas várias forças políticas – que eram bem diferentes entre si.
No Parlamento, PSD e CDS conversaram com os restantes grupos parlamentares e conseguiram uma solução rara: sexta-feira foram votados os quatro votos de pesar em simultâneo e, assim, conseguiu-se a unanimidade. O texto do CDS recorda que Chávez «apostou numa política baseada nas chamadas missões bolivarianas que tinham por objectivo combater as doenças, o analfabetismo, a desnutrição e a pobreza» e elogia a relação estreita com Portugal.
Ao SOL, o deputado João Rebelo confessa que não nutre «nenhuma simpatia pelo chavismo e pela forma autoritária com que exerceu as funções» e não quer «glorificar o seu desempenho», compreendendo, no entanto, que Portugal tenha de manter relações privilegiadas com a Venezuela. Outro deputado reconheceu ao SOL que o texto do CDS foi discutido «palavra a palavra».
Já o texto de pesar do BE, por exemplo, refere que «foi eleito democraticamente por três vezes desde 1998 e foi responsável pelo maior processo de aprofundamento democrático da Venezuela».
A preocupação de Paulo Portas tinha que ver não só com a comunidade portuguesa residente na Venezuela (700 mil portugueses e luso-descendentes), mas também com os investimentos em curso. Esta semana, estava marcada uma reunião da comissão mista (que foi adiada) em que iriam ser assinados contratos entre as duas partes no valor de dois mil milhões de euros, nas áreas do gás, electricidade e telecomunicações, entre outras. Segundo admitiu o secretário de Estado da Economia, Almeida Henriques, os empresários portugueses «manifestam alguma preocupação», pois há também um grande volume de trabalho em curso no terreno, na área da construção civil.

Fonte: SOL
 
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