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Centenas manifestam-se no Porto contra os cortes na Casa da Música

billshcot

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Nov 10, 2010
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Centenas de pessoas juntaram-se hoje aos trabalhadores da Casa da Música que, ao som de vários grupos musicais, manifestaram-se contra os cortes de 30% no orçamento do maior equipamento cultural da cidade do Porto.

Aos trabalhadores e populares juntaram-se ainda o candidato do PS à presidência da câmara, Manuel Pizarro, e Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto que já admitiu concorrer à câmara como independente, ambos de acordo quanto à "importância económica" da Casa da Música.

Com uma camisa em que se liam as palavras "Uma casa portuguesa, com certeza", envergada também por trabalhadores na manifestação, Jorge Prendas, coordenador do serviço educativo da Casa da Música, disse à agência Lusa que o objetivo do protesto foi "manter a esperança de que a Casa da Música permaneça fiel aos seus princípios".

"Com menos ovos fazem-se menos omeletes", afirmou Jorge Prendas, asseverando que "o que está em risco" com os cortes são "todos os projetos" lá realizados, desde "grupos que têm tido uma atividade extraordinária" até iniciativas que "têm tido afirmação lá fora" e que "com menos dinheiro ficam todos postos em causa".

O candidato socialista à câmara do Porto, Manuel Pizarro, apontou o dedo ao Governo que, "perante a indignação das pessoas do Porto e do norte", deveria "fazer uma coisa simples, que é cumprir aquilo que se comprometeu a fazer."

"O Governo chegou a um acordo com a Casa da Música em que haveria um corte de 20 por cento em 2012 e 2013", declarou Manuel Pizarro, concluindo que "é um corte enorme" e "inexplicável", na medida em "o Governo quer agora cortar ainda mais na Casa da Música, ao mesmo tempo que corta menos, por exemplo, no Centro Cultural de Belém".

"É preciso compreender o enorme significado da Casa da Música", lembrou o candidato à câmara, frisando que a instituição "atrai meio milhão de visitantes por ano e 250 mil espetadores", pelo que entende que terá de "haver igualdade nas decisões", ou caso contrário assistir-se-á a "uma dupla injustiça contra as pessoas do Porto."

Também Rui Moreira tem a "esperança de que os fundadores [da Casa da Música] se sintam motivados" pela manifestação e que "percebam a importância para a cidade, para a população" do equipamento cultural e interpretem a iniciativa como "um voto de confiança".

"A Casa da Música é também um fator de coesão", disse à Lusa, considerando que "contribui para o sentimento de pertença" e que "não é, ao contrário do que alguns pensam, um instrumento elitista, bem pelo contrário".

Para o coordenador da Orquestra Sinfónica do Porto - Casa da Música, o britânico Andrew Bennett, o "fundamental é a estabilidade".

"Todos nós, na Casa da Música, achamos que o nosso contributo para a cidade do Porto, e para fora da cidade também, é muito importante", disse à Lusa.

O futuro da Casa, afirmou, depende "da inteligência das pessoas envolvidas na escolha do novo conselho de administração", para além da "resposta do Governo em termos de contribuição financeira".

Esta ação de protesto foi motivada pelos cortes de 30% que o Governo impôs à Fundação Casa da Música e que já levaram à demissão de todo o Conselho de Administração.

Para 22 de março está marcado o Conselho de Fundadores, reunião em que se espera que privados e o Estado consigam definir os próximos tempos da Casa da Música.

nmt
 
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