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Silva Lopes afasta risco de taxa sobre depósitos em Portugal

billshcot

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Nov 10, 2010
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Ex-governador do Banco de Portugal diz que sistema bancário do Chipre é muito diferente do nosso.

O ex-governador do Banco de Portugal, José da Silva Lopes, afasta o risco de Portugal adoptar uma taxa de imposto sobre os depósitos bancários, à semelhança do que foi imposto ao Chipe no âmbito do acordo alcançado na madrugada de sábado pelo Eurogrupo vai permitir resgatar o país com um empréstimo de 10 mil milhões de euros.

"Não posso garantir. Mas afastaria esse risco, porque o nosso sistema bancário é muito diferente. O do Chipre é uma espécie de paraíso fiscal, representando o seu sistema bancário uma percentagem muito superior do PIB quando comprado com o nosso sistema financeiro", afirmou ao Económico José da Silva Lopes.

O presidente cipriota disse ontem que os impostos sobre os depósitos bancários no Chipre foram a opção "menos dolorosa" do acordo de resgate ao país por parte da União Europeia.
"Eu escolho a solução menos penosa, e assumo os custos políticos, no sentido de minimizar o mais possível as consequências para a economia e para os cipriotas", afirmou Nicos Anastasiades na mensagem que dirigiu ontem ao país através da televisão.

O Governo de Nicósia aceitou, na madrugada de sábado, o plano de resgate financeiro ao país, que irá receber um empréstimo de 10 mil milhões de euros das entidades internacionais, e que prevê um pacote de medidas que incluem um imposto de 9,9% sobre os depósitos bancários superiores aos 100 mil euros e de 6,75% sobre depósitos de valor inferior. Para além disto, os juros que seriam pagos pela aplicação das poupanças dos clientes em depósitos são retidas na fonte, como imposto também, e o país é obrigado a aumentar a taxa de IRC de 10% para 12,5%.

Anastasiades instou os partidos políticos do Chipre a ratificarem os termos do acordo com a União Europeia durante a reunião de emergência do parlamento que está marcada para hoje.
"Peço uma decisão aos partidos, e vou respeitar inteiramente a decisão que for tomada, no melhor interesse do povo e do país", disse o Presidente, aguardando, diz, que, baseados nos factos que vão ser desenvolvidos, seja tomada "decisão mais acertada". Anastasiades acrescenta que "o caminho não vai ser fácil" e que a solução encontrada "é a menos dolorosa tendo em conta as circunstâncias".

O chefe de Estado do Chipre precisa que a legislação sobre o acordo seja ratificada pelo parlamento antes da reabertura dos bancos, na terça-feira. De acordo com os meios de comunicação social cipriotas, o nível de indignação contra o acordo fez com que a discussão parlamentar de emergência que estava marcada para domingo tivesse sido adiada para esta
segunda-feira, feriado no Chipre, sendo que é possível que venha a ser decretado feriado bancário na terça-feira, caso não se venha a verificar acordo no parlamento de Nicósia.

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