billshcot
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Estudo da Cetelem revela as dificuldades que os consumidores defrontam nos seus orçamentos, bem como os hábitos de poupança e a importância que atribuem à formação financeira.
Dificilmente nos anos anteriores, os portugueses terão visto os seus hábitos de consumo tão afectados como acontece actualmente. Devido à subida do desemprego, ao aumento dos impostos ou aos cortes nos subsídios de Férias e de Natal, grande parte das famílias portuguesas tiveram de fazer reajustamentos nos seus orçamentos e hábitos de consumo para conseguir chegar ao fim do mês com a conta bancária no verde. O impacto na vida financeira é de tal ordem que quando confrontadas com uma despesa extraordinária, muitas famílias não têm como fazer face a ela. Um estudo sobre literacia financeira, levado a cabo pela Cetelem, revela que cerca de um terço das famílias portuguesas não terá margem para gastos extraordinários superiores a 100 euros. De acordo com o estudo facultado pela Cetelem ao Diário Económico, 20% dos inquiridos apenas pode prescindir de 100 euros para despesas desta natureza, enquanto que 10% dos agregados vivem com os tostões de tal forma contados que, quando deparados com uma despesa inesperada, não têm forma para conseguir superá-la, independentemente do valor em causa.
Neste estudo realizado entre 18 e 25 de Fevereiro, através de entrevistas telefónicas, a Cetelem procurou aferir alguns comportamentos dos portugueses em várias vertentes da sua vida financeira. Os 500 inquiridos foram confrontados com questões relacionadas com a gestão de orçamentos, hábitos de poupança, conhecimentos sobre produtos financeiros e a importância que atribuem à educação e formação financeira.
Um dos dados que salta à vista nesse estudo e que ajuda a justificar a reduzida margem para fazer face a imprevistos relaciona-se com o peso das despesas fixas nos orçamentos familiares. Segundo apurou a Cetelem, 50% dos inquiridos aloca pelo menos metade do seu rendimento mensal a despesas fixas. Isto é, a encargos com a casa, o carro, despesas domésticas como a água e o gás, a créditos e a cartões de crédito. Mas, para 12% dos inquiridos, este conjunto de encargos chega a superar 75% do orçamento disponível.
Apesar do grande esforço financeiro a que muitas famílias são obrigadas para conseguir esticar o dinheiro ao fim do mês, ainda existe uma proporção relativamente elevada de portugueses que conseguem ter hábitos programados de poupança. Independentemente do valor em causa, 42,6% dos consumidores sondados assumiu conseguir fazer poupanças com uma regularidade mensal. Muito próximo deste valor ficou também o número de indivíduos que afirmam fazer poupanças sempre que possível, quando lhes sobra dinheiro (42,2%).
Por oposição, 8,6% dos inquiridos revelou não ter margem nenhuma para fazer qualquer poupança mensal. Na altura de escolher a forma de aplicar essa poupança, a transferência para uma conta a prazo é a solução mais adoptada- em 46,8% das situações-, enquanto o tradicional mealheiro é a opção para 22,6% dos inquiridos. Mas apenas 12% dos consumidores sondados opta por direccionar as poupanças para o investimento em produtos bancários como os PPR, as acções ou as obrigações. Um dado que também salta à vista é o facto de apenas 16,2% dos inquiridos ser titular de soluções de poupança para a reforma.
Já no que respeita à avaliação dos conhecimentos do mundo financeiro surgem alguns dados preocupantes. Por exemplo, apesar de praticamente todos terem admitido saber o que significa a expressão "juros", apenas 74,6% conhece o que é a TAEG (Taxa Anual de Encargos Globais), enquanto apenas 48,8% identifica o significado da TAN (Taxa Anual Nominal).
Na verdade, mais de 60% dos inquiridos revelou sentir falta de algum tipo de formação financeira, elegendo sobretudo os produtos financeiros (42,6%) e a gestão orçamental (42,2%) como as áreas prioritárias e a escola como as entidades que deveriam ter um papel mais activo na formação financeira da população: 62,2% dos inquiridos.
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Dificilmente nos anos anteriores, os portugueses terão visto os seus hábitos de consumo tão afectados como acontece actualmente. Devido à subida do desemprego, ao aumento dos impostos ou aos cortes nos subsídios de Férias e de Natal, grande parte das famílias portuguesas tiveram de fazer reajustamentos nos seus orçamentos e hábitos de consumo para conseguir chegar ao fim do mês com a conta bancária no verde. O impacto na vida financeira é de tal ordem que quando confrontadas com uma despesa extraordinária, muitas famílias não têm como fazer face a ela. Um estudo sobre literacia financeira, levado a cabo pela Cetelem, revela que cerca de um terço das famílias portuguesas não terá margem para gastos extraordinários superiores a 100 euros. De acordo com o estudo facultado pela Cetelem ao Diário Económico, 20% dos inquiridos apenas pode prescindir de 100 euros para despesas desta natureza, enquanto que 10% dos agregados vivem com os tostões de tal forma contados que, quando deparados com uma despesa inesperada, não têm forma para conseguir superá-la, independentemente do valor em causa.
Neste estudo realizado entre 18 e 25 de Fevereiro, através de entrevistas telefónicas, a Cetelem procurou aferir alguns comportamentos dos portugueses em várias vertentes da sua vida financeira. Os 500 inquiridos foram confrontados com questões relacionadas com a gestão de orçamentos, hábitos de poupança, conhecimentos sobre produtos financeiros e a importância que atribuem à educação e formação financeira.
Um dos dados que salta à vista nesse estudo e que ajuda a justificar a reduzida margem para fazer face a imprevistos relaciona-se com o peso das despesas fixas nos orçamentos familiares. Segundo apurou a Cetelem, 50% dos inquiridos aloca pelo menos metade do seu rendimento mensal a despesas fixas. Isto é, a encargos com a casa, o carro, despesas domésticas como a água e o gás, a créditos e a cartões de crédito. Mas, para 12% dos inquiridos, este conjunto de encargos chega a superar 75% do orçamento disponível.
Apesar do grande esforço financeiro a que muitas famílias são obrigadas para conseguir esticar o dinheiro ao fim do mês, ainda existe uma proporção relativamente elevada de portugueses que conseguem ter hábitos programados de poupança. Independentemente do valor em causa, 42,6% dos consumidores sondados assumiu conseguir fazer poupanças com uma regularidade mensal. Muito próximo deste valor ficou também o número de indivíduos que afirmam fazer poupanças sempre que possível, quando lhes sobra dinheiro (42,2%).
Por oposição, 8,6% dos inquiridos revelou não ter margem nenhuma para fazer qualquer poupança mensal. Na altura de escolher a forma de aplicar essa poupança, a transferência para uma conta a prazo é a solução mais adoptada- em 46,8% das situações-, enquanto o tradicional mealheiro é a opção para 22,6% dos inquiridos. Mas apenas 12% dos consumidores sondados opta por direccionar as poupanças para o investimento em produtos bancários como os PPR, as acções ou as obrigações. Um dado que também salta à vista é o facto de apenas 16,2% dos inquiridos ser titular de soluções de poupança para a reforma.
Já no que respeita à avaliação dos conhecimentos do mundo financeiro surgem alguns dados preocupantes. Por exemplo, apesar de praticamente todos terem admitido saber o que significa a expressão "juros", apenas 74,6% conhece o que é a TAEG (Taxa Anual de Encargos Globais), enquanto apenas 48,8% identifica o significado da TAN (Taxa Anual Nominal).
Na verdade, mais de 60% dos inquiridos revelou sentir falta de algum tipo de formação financeira, elegendo sobretudo os produtos financeiros (42,6%) e a gestão orçamental (42,2%) como as áreas prioritárias e a escola como as entidades que deveriam ter um papel mais activo na formação financeira da população: 62,2% dos inquiridos.
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