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Portugueses na Venezuela confiam nas autoridades

billshcot

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Nov 10, 2010
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Apesar da consternação por mais um português ter sido assassinado, a comunidade lusa acredita na vontade política de combater a insegurança.

A comunidade portuguesa na Venezuela, apesar da alta insegurança que se regista no país, manifestou-se esta segunda-feira confiante na "vontade política" das autoridades venezuelanas para combater este flagelo, que no último fim de semana fez mais uma vítima portuguesa.

"O Presidente interino, Nicolás Maduro anunciou recentemente um programa de desarmamento nacional e mais pressões sobre a criminalidade e isso é bom para reduzir um pouco a violência que persiste e que em situações isoladas afeta também portugueses", disse à agência Lusa o presidente da Câmara Venezuelana Portuguesa de Comércio, Indústria, Turismo e Afins (Cavenport).

José Luís Ferreira explicou que a comunidade portuguesa está consternada pela morte, sábado passado, de um empresário da panificação madeirense, que foi baleado quando tentou ajudar uma mulher que estava a ser roubada.

"É um facto lamentável, a morte de mais um cidadão, seja português ou não", frisou, sublinhando que a insegurança afeta tanto nacionais como estrangeiros radicados no país.

A pesar da alta insegurança, sem avançar com números, José Luís Ferreira precisou que a criminalidade em 2013 não tem afetado tanto os empresários portugueses como em anos anteriores.

"Até onde tenho conhecimento, diminuíram os assassinatos de portugueses. Há que confiar nas autoridades, que são as únicas que podem fazer algo, e penso que há vontade política para o fazer [combater a insegurança]", disse.

A 11 de março último, durante o ato de inscrição como candidato às presidenciais de 14 de abril, o Presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que dentro de uma semana as autoridades venezuelanas iniciariam um programa de desarmamento nacional.

"Não podem haver armas para matar, assaltar. As armas têm que as ter os polícias decentes, como a Polícia Nacional Bolivariana, as Forças Armadas, a Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar)", declarou.

Segundo Alfredo Romero, presidente da organização não-governamental Foro Penal Venezuelano, "a Venezuela tinha, há 10 anos, uma taxa de 30 assassínios por cada 100.000 habitantes".

Dados do Observatório Venezuelano de Violência dão conta de que em 2012 foram assassinadas 21.692 pessoas na Venezuela.

Segundo dados oficiais, em 2011 foram assassinadas 14.092 pessoas na Venezuela.

De acordo com o relatório 2011 das Nações Unidas sobre os homicídios, a Venezuela é o país da América do Sul com a taxa mais elevada de homicídios na região, apenas ultrapassada por El Salvador (69,2%) e Honduras (91,6% por cada 100.000 habitantes).

Na Venezuela existem oficialmente 400 mil portugueses, um número que a comunidade portuguesa insiste estar aquém da realidade, estimando-se que os lusodescendentes de várias gerações rondem os 1,5 milhões de pessoas.

Segundo diversas fontes, em 2012 foram assassinados na Venezuela 24 portugueses ou luso-descendentes com dupla nacionalidade, desconhecendo-se o número de vítimas luso-descendentes apenas com nacionalidade venezuelana, que estão incluídos nas estatísticas globais.

Em 2012 a população total da Venezuela era de 28.946.101 cidadãos.

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