kokas
GF Ouro
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Ouvi um estrondo, fui à rua ver o que se passava e vi um homem debruçado em cima de uma mulher que estava inconsciente. Ele ameaçou--me, mas eu simulei que tirava uma faca do bolso e foi quando ele fugiu. Ia matar a outra mulher", lembrou ontem no Tribunal de Évora Amílcar Oliveira, a primeira testemunha a chegar ao local onde Guilherme Páscoa matou a irmã, Ana Bívar, subdiretora do IGESPAR e mulher de António Prôa, deputado do PSD, em maio de 2012.Guilherme está acusado pelo Ministério Público de dois crimes de homicídio qualificado, um na forma tentada, depois de ter atropelado e esfaqueado duas das suas irmãs, vingando-se de a mãe lhe ter retirado uma procuração que lhe permitia administrar os bens da família. A outra familiar que estava no local, Marta, sobreviveu. A sessão de ontem do julgamento ficou ainda marcada pelo depoimento de Alexandra, a outra irmã do arguido, que frisou que os problemas na família começaram com as questões das heranças. No tribunal esteve também David Justino, ex-ministro da Educação, arrolado como testemunha pelo advogado de António Prôa, e que depôs sobre a vida profissional de Ana Bívar. A próxima sessão está marcada para 3 de abril.
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