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Sindicato luxemburguês denuncia escravatura de portugueses

billshcot

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Nov 10, 2010
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Sindicato OGB-L acusa empresa Açomonta de recrutar portugueses por 300/700 euros por mês.

O sindicato luxemburguês OGB-L acusou esta terça-feira a empresa portuguesa Açomonta de praticar "escravatura moderna", recrutando trabalhadores portugueses por 300 a 700 euros/mês, alguns a trabalhar "sete dias por semana" e "mais de dez horas por dia".

"A Açomonta recorre a uma multitude de subempreiteiros. Estas empresas enviam os trabalhadores com residência em Portugal para o Luxemburgo, por conta da Açomonta, que os recebe e se encarrega da sua gestão nos estaleiros de construção", acusou o sindicato luxemburguês, em comunicado.

No documento, a central sindical descreveu em pormenor várias práticas da empresa portuguesa, cuja filial no Luxemburgo tem sede em Differdange, que violam as regras do destacamento europeu, incluindo pagamento de salários inferiores ao que prevê a lei e horas de trabalho que não respeitam "o repouso obrigatório".

Em vez de receberem o salário legal no Luxemburgo, que ronda os 2.400 euros brutos, os trabalhadores "não recebem mais que 300 a 700 euros por mês", porque lhes são descontados "a viagem, o transporte e a alimentação", o que é ilegal, frisou o sindicato luxemburguês.

"Se um trabalhador destacado ousa fazer valer os seus direitos, é imediatamente reconduzido ao aeroporto ou à estação mais próxima", acusou a central sindical, que salientou que uma vez em Portugal o recurso à justiça se torna "quase impossível", por ser "complexo e oneroso".

Além de serem pagos "muito abaixo do mínimo" e não receberem horas extraordinárias, os trabalhadores são alojados em "condições desumanas", denunciou ainda o sindicato.

"Dormem vários no mesmo quarto, em divisões pequenas com beliches. Em alguns casos não têm aquecimento nem água corrente", o que obriga os trabalhadores "a lavarem-se nos estaleiros de construção", acusou o sindicato luxemburguês.

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