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Chipre prepara “fusão” dos dois maiores bancos. Só depósitos até 100 mil euros ficam garantidos

Matapitosboss

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Plano de reestruturação da banca cipriota passa pelo fecho do Laiki Bank e recupera a proposta de uma taxa extraordinária sobre os depósitos acima dos 100 mil euros.


O parlamento cipriota prepara-se para votar esta noite uma proposta de reestruturação do sector bancário apresentada pelo governador do banco central que, na prática, funde os dois maiores bancos dos país, criando um “banco bom”, com os depósitos até 100 mil euros – os únicos que serão garantidos – e um “banco tóxico” com os depósitos acima deste valor.


Apesar de ainda não serem conhecidos detalhes, a agência de notícias espanhola Efe adianta que este "plano B" inclui a criação de um Fundo de Investimento, a criação de um banco 'bom' e outro 'mau' e a introdução de uma taxa extraordinária sobre depósitos (não especificada) acima de 100 mil euros, valor que coincide com o limiar europeu de garantia de depósitos.

Segundo essas informações, todos os activos e depósitos abaixo de 100 mil euros do Laiki Bank, o segundo maior banco do Chipre e que foi intervencionado pelo Estado no ano passado, passariam para o Bank of Cyprus, o principal banco do país, igualmente em tremendos apuros.

Já os depósitos acima de 100 mil euros do Bank of Cyprus passariam para o Laiki Bank, que se transformaria no banco 'mau'. Estará ainda prevista a venda de todos os bens imóveis do Laiki para ir reembolsando os titulares dos depósitos acima de 100 mil euros.

O Parlamento deverá pronunciar-se ainda hoje sobre este "plano B", que recupera uma taxa não especificada sobre os depósitos bancários superiores a 100 mil euros.

Os ministros das Finanças da Zona Euro (Eurogrupo) estão neste momento discutir, em teleconferência, a situação com o governo cipriota.

O Banco central europeu (BCE) anunciou hoje que na próxima segunda-feira interromperá as linhas de liquidez caso, até lá, não exista um acordo entre Chipre e a 'troika' que garanta a solvabilidade destes dois bancos. As regras do BCE impedem-no de financiar bancos falidos, podendo apenas fornecer-lhes temporariamente liquidez em casos de emergência.

Parlamento cipriota rejeitou um plano de resgate concluído no sábado com o Eurogrupo. Chipre deve encontrar sete mil milhões de euros para financiar a sua parte do plano de resgate, num valor total de 17 mil milhões de euros. O plano inicial previa que 5,8 mil milhões de euros seriam provenientes de uma taxa sobre os depósitos bancários, entretanto rejeitada.

Maiores depositantes podem perder 40%. Muitos serão russos.

A banca cipriota está há meses a ser alimentada por linhas de emergência de liquidez do BCE, no âmbito das quais mais de nove mil milhões de euros foram canalisados para o sistema financeiro da ilha. O anúncio desta manhã do BCE, de que fecharia a “torneira” se até segunda-feira não houvesse uma solução que garantisse bancos viáveis, aliado à recusa de Moscovo em emprestar mais dinheiro ao país, traduziu-se num forte elemento de pressão no sentido de se encontrar uma solução célere para os bancos e para um país em que o Estado está também na vertigem da "bancarrota".

De acordo com Averof Neophytou, o líder da bancada parlamentar do DISY, partido no Governo, a reestruturação bancária significará perdas da ordem dos 40% para os maiores depositantes – muitos deles serão russos – e permitirá ao Governo abater 2,3 mil milhões de euros à factura que teria de suportar para recapitalizar os dois bancos. Nicósia terá, assim, de encontrar receitas próprias da ordem dos 3,5 mil milhões de euros, em vez dos quase seis mil milhões inicialmente estimados, para responder aos parâmetros máximos de endividamento estabelecidos pela Zona Euro e FMI.

As necessidades financeiras do país estão conjuntamente avaliadas em 17 mil milhões de euros. A Zona Euro promete emprestar 10 mil milhões se Chipre conseguir angariar receitas próprias da ordem dos seis mil milhões de euros, de modo a evitar uma explosão da dívida pública que poria em causa a sua sustentabilidade. Sugeriu uma taxa extraordinária sobre os depósitos bancários que foi chumbada pelo Parlamento cipriota.

Controlo de capitais


Uma das sete propostas que está a ser submetida ao parlamento visa também a possibilidade de as autoridades cipriotas imporem controlos sobre a saída de capitais, o que significa a suspensão temporária (e legalmente prevista) da sua liberdade de circulação no espaço da União Europeia.

Em caso de emergência, justificada por motivos de ordem ordem pública ou de segurança, esta lei atribuirá poderes ao ministro das Finanças ou ao governador do banco central “para impor medidas temporárias restritivas, incluindo restrições sobre o movimento de capitais”.

Entretanto, como os bancos permanecerão encerrados pelo menos até terça-feira, os limites de retirada nos ATM ficaram limitados a um máximo de 600 euros. A excepção é para os depositantes no Banco Laiki, onde as retiradas não podem exceder 260 euros


Fonte: Jornal de Negócios
 

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GF Ouro
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Cá para mim isto vai dar molho do grosso ,ainda ficam é a ver navios com a guita ,aquilo começa a ficar quentinho ,isto qualquer da é toda a europa á pêra por causa do papel hehe Vai ser giro vai !
 
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