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Abebe Selassie: Aumento do desemprego foi "muito pior" que o esperado

billshcot

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Nov 10, 2010
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O chefe da missão do FMI para Portugal admite que o aumento do desemprego foi "muito pior" que o esperado, e diz que a única forma duradoura de recuperar emprego é acabar o ajustamento o mais rápido possível.

O chefe da missão do FMI para Portugal admite que o aumento do desemprego foi "muito pior" que o esperado, e diz que a única forma duradoura de recuperar emprego é acabar o ajustamento o mais rápido possível.

Em entrevista à agência Lusa, Abebe Selassie, explica ainda que uma das grandes motivações da revisão das metas do défice para este ano, para 2014 e para 2015 -- que na prática acaba por resultar em mais um ano para reduzir o défice para menos de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) -- se deve em grande parte à necessidade de evitar colocar mais pressão sobre o emprego.

"O resultado do desemprego é muito infeliz, é mesmo muito pior que o esperado. É exatamente devido a isto que as metas do défice estão a ser revistas, devido à preocupação de tentar evitar mais pressões sobre o emprego", afirmou numa entrevista por telefone a partir da sede do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington.

"Penso que a única forma duradoura de criar os empregos, que Portugal tão desesperadamente precisa, é realmente tentar completar o processo de ajustamento tão rápido quanto possível, e estabelecer as bases para o crescimento sustentável. Não podemos perder de vista que o principio base do programa é fazer regressar Portugal a uma situação fundamentalmente melhor do que a que estava quando a crise começou", acrescentou.

Sobre as mudanças nas indemnizações por cessão de contrato de trabalho que ficaram acordadas nesta revisão, o chefe da missão fez questão de sublinha que a 'troika' tem mostrado pragmatismo e flexibilidade, e como tal aceitou uma proposta do Governo para fasear a redução de 20 para 12 dias.

"A ideia inicial era descer para 12 dias, mas após consultas com os parceiros políticos e sociais, o Governo disse que era muito importante ter um período de transição para baixar até aos 12 dias. Nós aceitámos a contraproposta que o governo colocou em cima da mesa e avançámos", disse o responsável.

Sobre a questão do fundo para os despedimentos, o FMI diz que o Governo tem demonstrado o desejo de ligar esta questão à diminuição das indemnizações e que não levantam objeções, mas que não é uma questão que preocupe a 'troika', que está ainda à espera de ver uma proposta concreta.

Ainda assim, Abebe Selassie faz questão de sublinhar a flexibilidade da 'troika' nas negociações.

"Esta é uma área onde estamos a mostrar pragmatismo, flexibilidade e a tentar acomodar melhor os diferentes interesses", diz o responsável da 'troika', que tem sido acusada de inflexibilidade por várias entidades e personalidades, nomeadamente por alguns dos parceiros sociais.

Sobre as rescisões por mútuo acordo na função Púbica anunciadas pelo Governo no final da sétima revisão, garante não ter ainda detalhes, que é uma medida que o executivo está a finalizar e que estão à espera para ver.

As novas previsões do Governo e da 'troika' para a taxa de desemprego foram uma das grandes alterações no cenário macroeconómico revisto nesta sétima revisão. As autoridades esperam agora que esta atinja os 18,2% este ano, quando a estimativa anterior era de 16,4%, e de 18,5% em 2014, contra os 15,9% estimados em setembro.

// VC
 
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