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Chipre: Eurogrupo chega a acordo que evita bancarrota

kokas

GF Ouro
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Set 27, 2006
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O Eurogrupo chegou, esta madrugada, a um acordo que evita a bancarrora em Chipre.

Os ministros das Finanças do euro desistiram da taxa sobre os depósitos bancários inferiores a 100 mil euros. Ainda assim, as contas mais altas vão sofrer perdas pesadas e o banco Laiki será encerrado.

A decisão abre a porta ao resgate de 10 mil milhões de euros a Chipre e visa proteger os pequenos depositantes.

De acordo com o líder do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, o acordo alcançado entre Nicósia e os credores internacionais «põe fim às incertezas que afetam Chipre e a zona euro».

«Nenhuma destas medidas vai afetar os depósitos inferiores a 100 mil euros. Não deve haver qualquer dúvida sobre isso. Dentro das possibilidades políticas da semana passada, nós escolhemos instrumentos diferentes e agora temos uma solução melhor», acrescentou.

Citado pelas agências internacionais, Dijsselbloem reforçou que o montante do apoio dos credores internacionais (União Europeia e Fundo Monetário Internacional) é inalterável e «será equivalente a 10 mil milhões de euros».

Também o Presidente ciporiota, Nicos Anastasiades, disse estar «satisfeito» com o resultado das negociações, ao fim das quase 12 horas de reunião em Bruxelas.

«Temos um acordo que é do interesse do povo de Chipre e da União Europeia», disse Anastasiades, aos jornalistas no final da reunião.

Ainda assim, «o banco Laiki vai acabar por desaparecer e o Banco de Chipre será reduzido de forma apropriada», adiantou a diretora do FMI, Christine Lagarde, para depois acrescentar: «A solução que conseguimos esta noite, na verdade, é focada nos bancos que já estão em dificuldades. Sobretudo o banco Laiki que simplesmente não pode ser salvo».

Futuro será «muito difícil»

O Laiki - o segundo maior banco do país - será liquidado «imediatamente» com a plena contribuição de acionistas, titulares de títulos e depositantes «não segurados» acima de 100 mil euros, de acordo com a lei de resolução bancária aprovada pelo Parlamento cipriota na sexta-feira, esclareceu o líder do Eurogrupo. A medida vai gerar 4.200 milhões de euros, sendo que o Laiki será dividido num «banco bom» e num «banco mau», este que será liquidado no futuro.

O «banco bom» será incorporado no Banco de Chipre e assumirá os 9.000 milhões de euros detidos pelo Laiki através da Assistência de Liquidez de Emergência do BCE.

Já os depósitos não garantidos «permanecerão congelados até à recapitalização» e serão depois submetidos a um corte.

O BCE, por seu turno, irá fornecer a liquidez ao Banco do Chipre «em linha com as normas aplicáveis» e a maior entidade do país mediterrânico será reduzida e recapitalizada através da conversão de depósitos ou ações de depósitos não segurados, com a plena contribuição de acionistas e detentores de títulos, acrescenta a agência portuguesa Lusa.

O futuro próximo será assim «muito difícil para o país», frisou o vice-presidente da Comissão Europeia, Olli Rehn. «A Comissão vai fazer tudo o que for possível para aliviar as consequências deste choque económico».



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