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“Concorrência na banca foi tal que o regulador teve de impor um limite”

billshcot

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Nov 10, 2010
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António de Sousa, antigo presidente da APB, diz não perceber as suspeitas lançadas pelo Barclays.

O facto de no passado os ‘spreads' no crédito à habitação terem chegado a zero, tal como o tecto imposto pelo Banco de Portugal nos depósitos são, para António de Sousa, provas de que existe concorrência no sector.

Como viu as buscas realizadas às sedes de bancos em Portugal com a suspeita de concertação de ‘spreads' e comissões?
O que posso dizer é que não as compreendo. Pelo que se sabe, há uma queixa. Houve um banco que teve alguns problemas no Reino Unido e agora queixou-se. Mas não compreendo, pois os vários estudos que se fizeram em Portugal, ao longo dos anos, deram como resultado que um dos sectores onde a concorrência é extremamente agressiva é precisamente o sector bancário e isso criou mesmo vários problemas no sector. Isso levou a duas coisas.

Tivemos dos custos no crédito habitação e ‘spreads' dos mais baratos em toda a Europa. Houve mesmo uma altura em que os ‘spreads' chegaram a zero, o que gerou muitos problemas e muitos bancos estão agora a sofrer as consequências, com elevados prejuízos. O crédito à habitação, pelo peso que tem na actividade da banca, quase metade, é a grande base dos prejuízos dos bancos. E se os preços atingiram aqueles valores tão baixos, é porque existe concorrência e por ser extremamente acirrada.

Portanto, há concorrência?
Dou-lhe um outro lado. Olhemos para os depósitos. A concorrência foi de tal ordem que o Banco de Portugal teve que impor um limite. Se isso não é concorrência... Tenho alguma dificuldade em ver como é que não há concorrência no sector bancário de tal maneira que a autoridade de regulação teve de impor limites a essa mesma concorrência, vista como excessiva, pelo menos pelo Banco de Portugal. Esta situação é tudo o contrário do que tem vindo a acontecer, daí o meu espanto.

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