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"Salários em Portugal são demasiado baixos”

billshcot

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Nov 10, 2010
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António de Sousa defende que é “fundamental que houvesse um grande apoio” das trêsforças partidárias.

Para António de Sousa, a questão do salário mínimo "tornou-se um aspecto fundamentalmente político e não essencial do ponto de vista das empresas". Com os parceiros sociais dispostos a discutir o tema em concertação social e o primeiro-ministro indisponível para tais aumentos, o antigo secretário de Estado da Indústria, do Comércio e ainda das Finanças sugere que "o aumento do salário mínimo seria um sinal positivo".

Nesta altura, face à competitividade da economia portuguesa, dever-se-ia, ou não, colocar a questão de aumentar o salário mínimo?
A ideia do salário mínimo é muito típica da legislação portuguesa. Gostamos de legislar e muitas vezes criamos leis complicadas que são difíceis de obedecer. Temos legislação a mais, em geral. Claramente os salários em Portugal são, em geral, demasiado baixos. É um facto, e isso está a afectar a procura interna e, obviamente, as expectativas dos portugueses. Mas a produtividade também é demasiado baixa. Todos temos consciência disso. Quando estive no Banco de Portugal, nos anos de 1994 a 2000, já se falava de moderação salarial que não é mais do que olhar para a evolução dos salários em função também da produtividade. É uma banalidade repeti-lo, mas vale a pena. O salário mínimo tornou-se num aspecto fundamentalmente político e não é essencial do ponto de vista das empresas. Tornou-se mais emblemático do que substantivo. É mais uma daquelas polémicas que conseguimos arranjar facilmente em Portugal, sem grande significado.

Mas defende o aumento?
Neste momento, o aumento do salário mínimo seria um sinal mais positivo do que negativo. Não concordo é que depois isso levasse de arrasto todos os outros salários. A matéria dos salário, neste momento, está muito ligada a cortes e é muito difícil separar as duas coisas. Mas diria que, cada vez mais, as pessoas têm de pensar é na totalidade do que ganham por ano. Como sabem em muitos países o que se discute é o ordenado anual. Recebemos imensas coisas de outras maneiras, como o subsídio de almoço em que uma parte é tributada e outra não. São essas confusões que fomos criando - historicamente tiveram as suas justificações. Criámos uma situação complexa em que várias pessoas podem dizer coisas completamente opostas, estando a dizer a mesma coisa.

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