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Criadouro de tartarugas das Ilhas Cayman mantém maus-tratos de animais

billshcot

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Nov 10, 2010
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Novos dados obtidos pela WSPA, além de um relatório recente sobre as condições das tartarugas marinhas do Cayman Turtle Farm (CTF), confirmam todo o sofrimento dos animais mantidos neste criadouro, que é hoje a maior atração turística das Ilhas Cayman, no Caribe.

Os dados do relatório revelam também que, há mais de seis meses, o criadouro tem ciência da situação destes animais, que vêm enfrentando problemas de superpopulação, além de doenças diversas, apesar da direção do local negar tais evidências.

Representantes da WSPA estiveram reunidos recentemente, com a direção do Cayman Turtle Farm, a fim de discutir o problema e entregar uma petição com mais de 140 mil assinaturas exigindo o fim da criação de tartarugas marinhas em cativeiro.

O encontro foi surpreendentemente positivo. O criadouro demonstrou, finalmente, aceitar que as evidências de sofrimento dos animais - apresentadas , o ano passado, em maio de 2012 e identificadas pela investigação da WSPA – são reais. Começam os diálogos para endereçar como será a solução para as principais preocupações com relação ao bem-estar das tartarugas marinhas.

Investigações secretas da WSPA efectuadas o ano passado, revelaram as terríveis crueldades a que são submetidos os animais da CTF, incluindo defeitos genéticos e práticas de canibalismo em decorrência da superpopulação de nove mil tartarugas marinhas.

Os proprietários do Cayman Turtle Farm rejeitaram os dados e as evidências apresentados pela WSPA, taxando-os de “sem fundamento, erráticos e sensacionalistas”.

O criadouro escondeu os seus problemas

Documentos confidenciais enviados à WSPA atestam que o criadouro ordenou uma imediata inspeção, em caráter sigiloso, de suas dependências, tendo identificado problemas bastante similares aos apontados pela WSPA em suas investigações.

A inspeção do criadouro confirmou a existência de uma série de ferimentos em seus animais por conta de problemas de superpopulação, identificando também neles uma série de doenças, consideradas como “um problema grave”. Apesar de todas estas comprovações, o Cayman Turtle Farm, ao invés de concentrar seus esforços na resolução imediata dos problemas apontados em suas próprias averiguações, vem optando por depreciar as investigações da WSPA.

Segundo relatório confirma maus-tratos

Os resultados de uma segunda investigação, encomendada pelo criadouro , já em dezembro de 2012 após insistentemente pressionado pela WSPA e por seus apoiadores, foram finalmente divulgados essa semana.

De acordo com tais resultados, “há a necessidade evidente de se implementar uma série de mudanças nos padrões de tratamento dos animais do local, o que demandará alterações imediatas em sua infraestrutura, quadro de funcionários, práticas e recursos”.

Entre as principais preocupações estão os “graves ferimentos apresentados por um número considerável de animais”, como “machucados profundos em suas cabeças, patas dianteiras e patas traseiras”, “lesões cutâneas” e “altos índices de mortalidade” em tartarugas mais jovens.

A equipe responsável por este segundo relatório também mostrou preocupação quanto “ao não cumprimento de recomendações já feitas em outras épocas ao criadouro”.

A WSPA faz um apelo por mudanças ao Cayman Turtle Farm

O líder da WSPA para campanhas sobre vida selvagem, Dr. Neil D’Cruze, alerta: “Embora os resultados de tal relatório legitimem as nossas preocupações e finalmente reconheçam a gravidade dos problemas para os quais vimos chamando a atenção há meses, tememos que as medidas a serem tomadas pelo Cayman Turtle Farm promovam poucas mudanças concretas quanto ao bem-estar das tartarugas marinhas nos próximos anos.

“Pouca atenção tem sido dada também a uma questão fundamental: as tartarugas marinhas são animais selvagens e solitários, que claramente não conseguem se adaptar a um modelo de criação em que sejam forçadas a conviver em superpopulações de até nove mil tartarugas.”

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