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Piloto português do presidente deposto está "desaparecido"

kokas

GF Ouro
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A República Centro-Africana está a ferro e fogo. A comunidade portuguesa não escapou aos saques e até o cônsul foi assaltado. O presidente deposto fugiu para os Camarões e o seu piloto, português, está desaparecido. Pedro Barroso, copiloto português do avião presidencial da República Centro-Africana, disse ao JN que o seu comandante está desaparecido e que a maioria da comunidade portuguesa residente em Bangui, a capital, "deve estar aterrorizada" com o clima de insegurança. Pedro Barroso, de 37 anos, deixou Bangui há cerca de um mês. "Já sei que a minha casa foi saqueada, assim como a do meu comandante, Vítor António".

Depois de falar com o filho do piloto do avião do presidente deposto da RCA, Pedro Barroso confirmou que Vítor António não voou com o presidente deposto para os Camarões. "Também não consigo contactar uma família que vive fora da capital", acrescentou.

Contudo, o copiloto não duvida de que "o Governo francês irá retirar todos os portugueses em segurança". A maioria são quadros de empresas e trabalha na área da Educação, com organizações não-governamentais.

Pedro Barroso refere que o clima de insegurança na RCA começou a sentir-se há cerca de um ano. "Havia já grupos organizados de rebeldes no Norte do país". Atualmente, "a mais de 50 quilómetros de distância de Bangui, só podemos andar com escolta policial", descreve, sabendo que, a qualquer momento, poderá ter de regressar à República Centro-Africana.

O secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, garantiu, por sua vez, ao JN, que as autoridades estão focadas, sobretudo, nos portugueses que se encontram incontactáveis e que foram alvo de vandalismo. "Os franceses é que avaliarão se é necessário" executar o plano de contingência. "Até ao momento, não nos foi dada qualquer informação nesse sentido, bem pelo contrário", frisou José Cesário.

jn
 

billshcot

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Piloto do Presidente da República Centro-Africana é português e quer fugir

Os cerca de 30 portugueses na República Centro-Africana estão seguros e apenas o antigo piloto do Presidente François Bozizé quer sair do país, disse esta terça-feira à Lusa o secretário de Estado das Comunidades.



"Ontem [segunda-feira] à noite consegui falar com o cônsul honorário - José Pereira de Sousa - e ele transmitiu-me que não tem nota de haver problemas graves entre portugueses, além dos assaltos que se verificaram", disse à Lusa José Cesário.

Segundo o secretário de Estado, o piloto do Presidente deposto - que é português - está seguro.

"O piloto do Presidente, embora tenha perdido tudo [num assalto dos rebeldes locais], está num local mais ou menos seguro. Esta noite [de segunda-feira] devem tê-lo mudado para outro local, pelo menos era essa a expectativa, [porque] ele tinha falado com a embaixada de França", acrescentou.

José Cesário adiantou ainda que dos "cerca de 30 portugueses" presentes na República Centro-Africana, só o piloto quer sair do país.

"Havia uma lista inicial de cerca de 20 que admitiam a evacuação no caso de a situação se degradar muito. Ontem coloquei a questão [ao cônsul honorário português] e ele disse-me taxativamente que nenhum quer sair, à excepção do piloto", afirmou.

A retirada do piloto deverá ser feita, de acordo com o secretário de Estado, através de um voo comercial.

"É essa a primeira orientação. Há voos comerciais ainda e estamos convencidos que aumentarão", disse, acrescentando que está previsto um voo da Air France para a República Centro-Africana na próxima quinta-feira.

O secretário de Estado das Comunidades espera obter mais informações sobre a situação hoje de manhã, porque "às vezes a noite traz surpresas", mas acredita que "as coisas estão mais calmas", até porque pediu a José Pereira de Sousa para lhe telefonar se houvesse novidades.

"Neste momento, há comunicações" entre Portugal e República Centro-Africana, adiantou, explicando que na segunda-feira os telefones fixos não funcionaram e como "não havia energia, não se conseguia carregar os telemóveis".

A capital da República Centro-Africana, Bangui, está em sobressalto desde domingo, quando rebeldes da coligação Séléka tomaram de assalto o palácio presidencial e assumiram o poder no país, depondo o Presidente François Bozizé, que acusam de não respeitar o acordo de paz assinado no início do ano.

O chefe de Estado deposto conseguiu escapar ao ataque e, segundo já foi confirmado, está refugiado nos Camarões, enquanto a família foi acolhida na vizinha República Democrática do Congo.

O caos e as pilhagens tomaram rapidamente conta da capital do país, incluindo alguns dos portugueses, entre os quais o cônsul honorário.

nmt
 
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