Sair do euro "é o passo certo" para o Chipre

O economista Paul Krugman acredita que abandonar zona euro seria melhor que o “óbvio horror que significa tentar ficar”.

"Então aqui vai: sim, o Chipre deveria abandonar o euro. Agora". Foi desta forma que o economista norte-americano defendeu ontem ao final do dia, e sem rodeios, a sua posição, argumentando que permanecer na zona euro significa para aquele país uma recessão "incrivelmente severa" que durará muitos anos, enquanto se tenta construir um novo sector exportador. Abandonar o euro, permitindo que a nova moeda caia a pique, poderia acelerar consideravelmente essa reconstrução, segundo o Nobel.

No seu blogue no New York Times, intitulado ‘The Conscience of a Liberal", Paul Krugman afirma que, no actual cenário, não se surpreenderia se o PIB real do Chipre vier a cair 20%.

No entanto, o colunista do New York Times diz não acreditar que uma saída do euro aconteça, "pelo menos não já". Krugman não tem dúvidas de que a liderança cipriota receará o salto para o desconhecido que o abandono da zona euro implicaria, "apesar do óbvio horror que significa tentar ficar". No entanto, conclui reforçando que "a saída do euro é agora o passo certo a seguir".

Ontem, o ministro das Finanças cipriota sublinhou que sair do euro seria uma verdadeira catástrofe.






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