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“Presidente não tem autoridade moral”

kokas

GF Ouro
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Set 27, 2006
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José Sócrates acusou ontem o Presidente da República de ter promovido "uma conspiração que nasceu na sua Casa Civil". O ex-primeiro-ministro abriu as hostilidades contra Cavaco Silva, a propósito do chamado "caso das escutas de Belém", poucos dias antes das legislativas de outubro de 2009. "Não reconheço nenhuma autoridade moral ao Presidente da República para me dar lições de solidariedade institucional", disse Sócrates, a propósito das acusações que Cavaco Silva lhe dirigiu nesse mesmo sentido no prefácio do livro ‘Roteiros VI', de março de 2012.

Desmentindo repetidamente que mantenha a ambição de regressar à política ativa, garantiu que aceitou o convite da RTP para contrariar uma "narrativa única, sem contraditório, que não tem oposição" e que lhe atribuiu, a si e aos seus governos, todas as responsabilidades pela atual crise. A falta de oposição a essa "narrativa" foi também repetida por Sócrates, com os entrevistadores da RTP a perguntarem se estava a dirigir uma crítica à liderança do PS. Sócrates respondeu que não, mas a afirmação ficou no ar: "A atitude do PS deixou que a narrativa ficasse sozinha em campo." A intervenção mais dura foi, porém, contra Cavaco Silva: "O senhor Presidente da República assumiu-se como um opositor", "fez tudo para haver uma crise política", "esteve na origem desta crise política", com "duplicidade de critérios". Em suma, Cavaco teve "sempre dois pesos e duas medidas ao tratar com o anterior Governo e com o atual."

De resto, ficou mais um recado para o atual Governo: "Parem de escavar o buraco. Parem com mais austeridade, parem com esta loucura."

SÓCRATES ABALA PSD/CDS

A ida de José Sócrates para a RTP divide os partidos da maioria governamental. O centrista Raúl Almeida lamentou o chumbo do PSD ao requerimento feito pelo CDS para ouvir o diretor de informação da RTP, Paulo Ferreira. O deputado considera que a entrada de Sócrates na televisão pública não garante o "pluralismo que deve existir na televisão do Estado, que se torna desta forma numa coutada do Bloco Central".

As declarações de Raúl Almeida tiveram resposta do PSD. A deputada Francisca Almeida justificou o voto contra, dizendo que o que está em causa é proteger o princípio da liberdade e da autonomia editorial e "quaisquer considerações sobre a existência de um bloco central são desprovidas de sentido".


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