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Pilares do programa Revitalizar

billshcot

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Nov 10, 2010
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É necessário que as políticas públicas complementem as iniciativas que os privados desenvolvam para se adaptarem às novas circunstâncias.

A teoria da evolução dita que os que melhor se adaptam à mudança são aqueles que sobrevivem. As boas estratégias empresariais incorporam normalmente mecanismos para lidar com a mudança, por exemplo a que resulta da inovação tecnológica ou da alteração dos padrões de consumo. No entanto, num ambiente de crise ou, pior, de crises sucessivas, a velocidade da mudança supera tudo o que é razoável antecipar.

Em Portugal, os efeitos da diminuição da procura, tanto interna como dos mercados mais próximos, associados ao aumento do custo ou mesmo à inexistência de financiamento, excederam tudo o que era antecipável. As consequências estão a ser especialmente nefastas para as PME.

O bom senso determina que os negócios inviáveis devam ter uma morte rápida e digna, que os recuperáveis sejam viabilizados e que sejam acarinhados os negócios melhor adaptados ao novo ambiente, mais céleres a repor o emprego perdido nos que desaparecem. Atendendo às consequências desta situação, é necessário que as políticas públicas complementem as iniciativas que os privados desenvolvam para se adaptarem às novas circunstâncias, visando uma adaptação mais rápida às novas condições de mercado.

Os primeiros passos já foram dados, no âmbito do Programa Revitalizar, com a revisão do Código de Insolvência e Recuperação de Empresas e com o Processo Especial de Revitalização. Estas são duas medidas importantes para que o foco desta actividade evolua no sentido da recuperação de empresas, faltando agora renovar o papel dos gestores de insolvência, aumentando a sua capacidade efetiva para apoiar soluções de viabilização.

Outro pilar importante é a criação dos Fundos de Revitalização e de Expansão Empresarial, orientados para a recapitalização de empresas viáveis mas com poucos capitais próprios ou para dar músculo às que têm oportunidade para crescer e internacionalizar os seus negócios. Pensados como instrumento ágil de resposta às dificuldades actuais, com um modelo de ‘private equity' e gestão regional, mais próxima dos destinatários, estes fundos têm potencial para se tornarem um caso de estudo.

Num ambiente adverso, estratégias de sobrevivência ou de crescimento passam por aproveitar todos os recursos disponíveis e por recorrer aos melhores parceiros. A inação não é solução: apenas os relógios, mesmo parados, continuam a acertar duas vezes por dia. Este é o momento para não deixar nenhuma opção por explorar.

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