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Só 740 médicos levam 75 milhões

billshcot

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Nov 10, 2010
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O Tribunal de Contas vai analisar as irregularidades detetadas pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) nas cirurgias feitas pelos médicos, em 2012, durante o horário normal de trabalho, mas registadas como produção adicional e pagas como horas extras.

Esta atividade, que pretende reduzir as listas de espera cirúrgicas, aumenta a despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Segundo a IGAS, no ano passado foram gastos 75 milhões de euros com 740 médicos, alguns dos quais receberam quase 250 mil euros como pagamento de incentivos ou de horas extraordinárias. Muitos dos médicos investigados trabalham em centros de saúde.

Face às irregularidades detetadas pelas ações inspetivas da IGAS, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, quer uma "atuação forte" para que não se repitam os casos dos médicos que receberam remunerações indevidas.

"Esses casos têm de ser corrigidos, têm de ter uma atuação forte para não se repetirem, no sentido de uma ação relativa aos médicos quando de facto recebam remunerações indevidas, mas também dos conselhos de administração que têm de estar atentos a essas realidades", afirmou ontem Paulo Macedo.

O vice-presidente da Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral, Rui Nogueira, manifestou ao CM "estranheza" pela natureza das ocorrências.

"Acho estranho como é que estas situações ocorrem e não são detetadas pelos serviços administrativos", apontou Rui Nogueira.

O responsável defende a averiguação caso a caso, ressalvando as "situações que possam ser justificadas com a falta de recursos humanos".

O ministro Paulo Macedo esteve ontem em Lamego, onde inaugurou o Hospital de Proximidade, tendo sido recebido com protestos. O hospital custou 42 milhões de euros e está inserido no Centro Hospita-lar de Trás-os-Montes e Alto Douro.

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