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A ponte que sempre perdeu para a 25 de abril

billshcot

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Nov 10, 2010
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O objetivo sempre foi o de retirar tráfego à superlotada Ponte 25 de abril, mas a ponte Vasco da Gama sempre perdeu para a rival.

Nos planos em torno desta obra, que foi inaugurada há precisamente 15 anos, estimava-se que o valor de carros a circular diariamente devia ser de 132 mil por dia. Ora, os números estão muito longe desse propósito.

De acordo com as contas do Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias (INIR), a ponte Vasco da Gama teve um tráfego médio diário, no terceiro trimestre de 2012, de pouco mais de 54 mil viaturas por dia.

Trata-se do valor mais baixo desde 2000, ano em que a via apenas recebeu 34 mil veículos. Já 2004 foi o melhor de sempre da sua história com 67680 carros.

Ora a ponte 25 de abril sempre aumentou de tráfego até 2007 – nem a criação do comboio Fertagus, em 1999, conseguiu colmatar estes valores.

TRAVESSIA DEIXOU CASAS POR ACABAR

Se de há seis anos para cá, o número de carros está a cair na 25 de abril, o mesmo se passa com a Vasco da Gama, que sempre ficou muito aquém face ao esperado.

Inaugurada a 29 de Março de 1998, a tempo precisamente da Expo 90, a ponte Vasco da Gama impressionou pelos seus 17,2 quilómetros de extensão, dez dos quais sobre as águas do Tejo.

O seu nome, Vasco da Gama, serviu para celebrar os 500 anos da chegada deste navegador à Índia (1498).

A decisão para construir a ponte surgiu em 1991 e três anos depois surgiu a Lusoponte, consórcio de empresas portuguesas, inglesa e francesa, que ganhou o concurso para a concessão do projeto, a construção, o financiamento e a sua exploração.

CUSTO ROÇOU OS 900 MILHÕES

A ponte Vasco da Gama custou um total de 897 milhões de euros. Desta verba, esclarece a Lusoponte, 319 milhões vieram do Fundo de Coesão da União Europeia. Já 299 milhões de euros foram emprestados pelo Banco Europeu de Investimentos, ao passo que as portagens cobradas na 25 de abril contribuíram com 50 milhões de euros.

De todo o custo da infra-estrutura, mais de 640 milhões foram para a construção, enquanto o valor restante serviu para os custos de manutenção das duas travessias, bem como os realojamentos – 300 famílias tiveram de ser mudadas - e os projetos ambientais.

No arranque, as portagens custavam 1,60 euros para os ligeiros. Hoje estão 1 euro mais caras.

Com 148 metros de altura dos pilares do vão principal, a obra sempre impressionou pela sua engenharia. Mais: é uma das mais elevadas construção nacionais, chegando aos 155 metros de altura.

O comprimento total das estruturas em ponte e viadutos chega aos 12,3 quilómetros, enquanto o comprimento da ponte principal está nos 826 metros.

Além da dimensão, a obra também deu que falar pelos seus esforços nos cuidados ambientais, dado que cruza o Parque Natural do Estuário do Tejo.

Para a erguer foram usados 730 mil metros cúbicos de betão e 81 caixotões e usaram-se 150 vigas. No total, houve 3300 trabalhadores que a estiveram a construir entre fevereiro de 1995 e março de 1998.

Durante este tempo, registaram-se onze mortes. O maior acidente de todos ocorreu no dia 10 de abril de 1997, quando um carrinho de avanço caiu de uma altura de 45 metros.

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