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Crédito Agrícola: "Bancos têm dinheiro"

billshcot

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Nov 10, 2010
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Presidente do Crédito Agrícola acredita que não é por falta de dinheiro que os bancos não financiam a economia portuguesa.

Licínio Pina, presidente do Crédito Agrícola, diz que não é por falta de dinheiro que os bancos não financiam a economia, mas pela escassez de empresas saudáveis e bons projetos, já que atualmente há uma política de crédito mais restritiva.

"A ideia que existe no público é que os bancos não têm dinheiro, os bancos têm dinheiro. Não têm é dinheiro para colocarem em empresas em grande dificuldade, não estão dispostos a correr riscos. Fazer com que haja mais dinheiro nos bancos para fazer reverter para a economia não é necessário", disse Licínio Pina em entrevista à Lusa.

Licínio Pina sustentava, assim, a sua opinião de que não é necessário um banco de fomento em Portugal. Em primeiro lugar, disse, porque "o Estado tem a Caixa Geral de Depósitos, que devia ser o banco de fomento da economia portuguesa". Em segundo lugar, porque a banca tem liquidez e "não necessita de nenhum banco que venha a suportar qualquer investimento para fomentar a economia".

Para o presidente deste banco cooperativo, os fundos não chegam à economia porque "há uma nova filosofia de concessão de crédito" em que as instituições são mais exigentes, nomeadamente quando muitas empresas já têm dificuldades em cumprir a dívida à banca que atualmente têm.

Segundo Licínio Pina, esta crise vai obrigar a uma mudança de atitude dos bancos na forma de conduzir o seu negócio.

"Os bancos vão ter de alterar o modo de fazer banca, não comprometendo todo o 'stock' de depósitos, de recursos que conseguem dos clientes. E principalmente têm de ter muito cuidado quanto ao risco ", afirmou.

Quanto ao sistema financeiro português, o presidente do Crédito Agrícola acredita que está "sólido", mas que deverá haver consolidação: "Estou em crer que no final desta crise resultem algumas fusões e que se reduza o número de bancos, [e estes] se tornem mais competitivos e mais sólidos".

O responsável negou ainda que haja qualquer "cartelização" entre os bancos a operar em Portugal, pelo que, garantiu, o "apanhou completamente de surpresa" a ida de uma equipa de investigação ao Crédito Agrícola, na manhã de 06 de março. Nesse dia, equipas de investigação fizeram buscas em cerca de 15 bancos que operam em Portugal, no âmbito de um processo de contraordenações da Autoridade da Concorrência por eventuais práticas de concertação de preços.

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