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Duplo : Profissional do perigo

billshcot

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Nov 10, 2010
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Rui Martins foi duplo de estrelas como Gérard Depardieu, Matt Damon e John Malkovich em cenas de risco.

Trata o perigo como um aliado e estrelas do cinema como Matt Damon, John Malkovich ou Gérard Depardieu por ‘tu’, atores a quem já vestiu a pele em cenas arriscadas como duplo. Rui Martins, o mais internacional duplo português, completou 25 anos de uma carreira sui generis, construída à custa de uma paixão por dois universos muito distintos, a pilotagem e a representação, que gorou conseguir conciliar no grande ecrã.

O seu currículo contabiliza 15 participações em filmes de renome internacional, como ‘Armageddon’, ‘Identidade Desconhecida’, ‘Correio de Risco’, ‘Os Gangs do Bairro 13’, ‘Leon: O Profissional’, ‘Astérix e Obélix contra César’, a saga ‘Taxi’ ou ‘Michel Vaillant’, além de participações especiais em séries televisivas com produção francesa como ‘Conde de Monte Cristo’ e ‘Os Miseráveis’, ambas transmitidas em Portugal. Por cá, contribuiu também para várias telenovelas da TVI.

Nascido em Laborim, Vila Nova de Gaia, há 46 anos, Rui Martins foi ainda menino para Paris, onde os pais trabalhavam no ramo da hotelaria. Por lá cresceu e começou a fazer figuração, aos 9 anos. No plateau o deslumbramento foi imediato e o sonho não se fez tardar: quando crescesse, queria ser ator, como os grandes que enchiam as telas de então – Alain Delon ou Fanny Ardant. Com ambos viria, aliás, a ter a oportunidade de contracenar mais tarde.

Mas, paralelamente, o pai levava-o por outros caminhos, os karts, modalidade que começou a praticar aos 7 anos. Às tantas, o coração do rapaz ficou dividido: a representação ou a velocidade, sem conseguir decidir-se por nenhum.

SEM MAZELAS

"Os meus pais é que não achavam assim tanta piada que quisesse ter alguma dessas profissões. Nunca tive ninguém da minha família ligado ao desporto automóvel nem à representação, embora tenha sido o meu pai a iniciar-me nos karts. Mas, para eles, nada disso era vida! Preferiam que tivesse um verdadeiro emprego, daqueles que se entra às nove e sai às cinco. A minha mãe, então, ficava sempre com o coração nas mãos quando ia competir", conta o piloto e ator de 46 anos. Felizmente, Rui nunca deu razão às palpitações maternas: em 25 anos de atividade nunca se magoou com gravidade. Apenas "algumas nódoas negras e escoriações" sem importância.

"Ser duplo envolve o trabalho de uma equipa inteira, que prepara tudo ao mais ínfimo pormenor, mas claro que o acidente pode sempre acontecer, apesar de ser raro. No filme ‘Taxi 2’, por exemplo, um colega falhou o salto com o carro e aterrou em cima do cameraman, que veio a falecer", recorda.

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