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Daniela Mercury casa-se com namorada em Lisboa

Satpa

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Daniela Mercury casa-se com namorada em Lisboa

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A cantora brasileira Daniela Mercury assumiu publicamente a sua homossexualidade, esta quarta-feira, ao revelar que casou com a namorada, a jornalista Malu Verçosa.

Mercury está em Portugal para dois espetáculos - um deles no Porto - tendo celebrado o seu casamento em Lisboa e publicado as fotos das duas no Instagram.

Nas imagens, além de uma em que estão no Castelo de São Jorge, em Lisboa, as duas mostram ainda as mãos com as duas alianças.

"Malu agora é minha esposa, minha família, minha inspiração pra cantar", é a declaração que ilustra as fotos e que já conta com muitas reações de fãs da cantora.

Mercury, mãe de cinco filhos e que já foi casada duas vezes mas com homens, tem cidadania portuguesa, porque o pai, Antônio Fernando Abreu Ferreira de Almeida, é um português que emigrou para o Brasil.

Aliás, o ex-mecânico já reagiu à revelação da filha admitindo que já conhecia a nova nora, que é editora-chefe da TV Bahia.

JN
 

florindo

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Daniela Mercury assume casamento com uma mulher

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Daniela Mercury assume casamento com uma mulher

A cantora brasileira Daniela Mercury assumiu esta quarta-feira, através da rede social Instagram, a sua relação com a jornalista Malu Verçosa. Com fotos das alianças e de momentos de cumplicidade, esta foi a primeira vez que a cantora assumiu publicamente estar numa relação homossexual.“Malu agora é minha esposa, minha familia, minha inspiração para cantar”, escreveu a cantora a acompanhar a imagem.
Daniela Mercury terminou em Novembro o seu casamento com o empresário italiano Marco Scabia, com o qual tem três filhas adoptivas, de 14, 10 e 2 anos. A cantora tem ainda duas filhas biológicas, com 25 e 26 anos.
A fotografia de Daniela com Malu já conta com quase 7 mil ‘gostos’ e perto de 2 mil comentários, na sua maioria de felicitação e de elogio pelo facto de ter reconhecido publicamente a sua homossexualidade.
A cantora está neste momento em Portugal, onde deverá marcar presença nos coliseus de Lisboa e Porto na próxima sexta e sábado.

Fonte: SOL
 

Amoom

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Sem preconceitos... o mais importante e ser feliz!
 

florindo

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Daniela Mercury: 'Nunca consegui ser feliz sozinha'

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'Nunca consegui ser feliz sozinha'

Bateu recordes em Nova Iorque e Portugal e já cantou com ‘monstros’ como Ray Charles ou Paul McCartney. Diz que tem raiva da morte e medo de se saciar. Na altura em que cumpre 20 anos de carreira, o

Furacão da Baía confessa-se.

Chamam-lhe ‘a negrinha mais branquinha da Baía’. Porquê?


Costumo dizer que sou ao contrário do Michael Jackson: ele queria ser branco e eu queria ser preta. Os brancos existencialistas europeus vêm com a sua tristeza e os seus pensamentos filosóficos, afastam-se uns dos outros à procura de individualismo, enquanto as comunidades negras cantam, falam de si com altivez, celebram a vida e a morte. Esta música tornou-se um grande movimento social em Salvador e os negros que não eram recebidos nos lugares ricos começaram a ser.

Como se tornou representante da cultura negra de Salvador da Baía?

No início da minha carreira falava muito sobre a negritude, em canções como a ‘Pérola Negra’. Interessava-me pelas danças afro-brasileiras e aproximei-me da música feita pelos grupos afro de Salvador. Quando tinha 20 e tal anos, e ainda era uma artista desconhecida na cidade, meteram-me com uma banda de percussão com 60 homens. Mas não me apertei, e cantei. Então o Vovô do Ilê [Ilê Aiyé, grupo de carnaval que se dedica a preservar a herança africana] disse ao meu representante: ‘A negrada gostou da branquinha. Queria que ela fosse cantar à festa da Beleza Negra. Quanto é que ela quer?’. O meu representante disse que eu não queria nada e que ia ficar muito honrada com o convite.

Como correu?

Quando cheguei lá, olharam para mim de braços cruzados, ninguém dançava. Às tantas, eu disse-lhes: ‘Vocês talvez me estejam a julgar pela aparência. Que interessante, vocês reclamam disso’. Então comecei a cantar músicas de iorubá [um dialecto africano] e eles foram descruzando os braços. E aí perguntei-lhes: ‘Será que dá para cantarem comigo ou vim para aqui à toa?’. De repente 3 ou 4 mil pessoas começaram a cantar comigo.

Libertaram-se…

Mas o brasileiro ainda tem medo de tudo. Estou a ler os livros do Mia Couto e estou completamente apaixonada, extasiada e enlouquecida de paixão por ele. Consegui entender o Brasil através dos livros dele. Todas as questões que ele fala de identidade, folclore, tradições, olhar que o mundo tem sobre África, são as mesmas. O meu sonho é encontrá-lo, tal como aconteceu no Brasil com o José Saramago.

No início da sua carreira foi convidada para fazer o papel de Carmen Miranda na Broadway. Por que não aceitou?

Estava a receber muitos convites para viajar pelo mundo e participar em festivais. Existiam partes do Brasil para as quais não tinha viajado e onde as pessoas não me conheciam. Acreditava que tinha que ter aquele corpo a corpo e olho no olho para verem quem eu era de verdade e não um produto dos media. O convite da Broadway obrigava-me a viver pelo menos dois anos nos EUA. Isso poderia significar não me tornar uma artista tão importante para a minha cultura. Felizmente não o fiz, mas agora já o faria.

O seu pai é português. O que diz ele sobre Portugal?

Não fala muita coisa. Mas ele tem sotaque português, adora a comida portuguesa, tem a rigidez portuguesa e é católico. A minha família é portuguesa e ainda tenho cá uns 40 ou 50 parentes, mas só entendi o que era português e o que era brasileiro quando fui lá.

Qual o público mais difícil de conquistar?

Talvez os chilenos. São mais rígidos que os portugueses. Mas não espero nada das pessoas, sei que sou eu que tenho que dar.

Tem algum ritual antes de entrar em palco?

Rezo e faço uma concentração. Peço para me conectar com as forças do bem. Faço uma oração com o santo do candomblé, com os santos católicos. Não economizo em santos: indianos, africanos, europeus. Todos estão bem para mim (risos).


Quais as suas exigências enquanto artista?


Esse é o menor dos meus problemas. Quase não como antes de entrar em palco. Preciso de toalhas mas vivo muito bem sem elas. Preciso que a porta do camarim feche bem para mudar de roupa. Quero é que a minha arte seja muito bem executada. Zango-me se a luz e o som não estiverem bons, se o bailarino errar, se o músico estiver distraído. Sou exigente com o que tenho que ser. Os outros detalhes não fazem diferença.

Depois de duas nomeações ganhou um Grammy Latino em 2007. Qual foi a sensação?

Já estava na hora! Não quero parecer arrogante, mas esse Grammy foi amarrado, veio atrasado. A música brasileira não participa muitos nos grammys latinos, somos uns estranhos. Eles só conhecem Tom Jobim e agora o Michel Teló. Ganhar um grammy tornou-me uma artista internacional. Sou insistente, e continuo a ir todos os anos para ver se eles me dão o prémio [risos].

Além desse houve algum outro prémio com um significado especial?

O primeiro. Recebi um prémio revelação e foi muito festejado. Dormi agarrada ao troféu. Fez-me acreditar que podia ser cantora.

Faz uso do seu sucesso e carreira para apoiar várias causas.

Sim, sou presidente de um Instituto Cultural, embaixadora da UNICEF e pertenço à Fundação Ayrton Senna. A minha felicidade não me interessa sozinha, nunca consegui ser feliz sozinha. Desde pequena a minha casa estava aberta para todos. A minha mãe é assistente social e o meu pai é uma pessoa muito generosa. Mesmo quando tínhamos dificuldades financeiras, porque éramos cinco filhos, a nossa casa tinha sempre um prato de comida para quem chegasse com fome. Nascemos com a cumplicidade de sermos felizes em conjunto.

Já tinha dois filhos e decidiu adoptar três crianças. Sempre teve esse desejo?

Sempre, desde menina. Por mim adoptava todas as crianças do mundo. Não é à toa que sou embaixadora da UNICEF. De alguma forma já as adoptei. Dediquei a minha vida e toda a energia que tenho para isso porque as crianças são a melhor coisa do mundo.

Ainda lhe resta tempo livre?

Sim. Neste momento estou a fazer trabalhos de casa, papas para as crianças, leio livros de contos de fadas, vejo filmes infantis e vou a parques de diversão.

De onde lhe vem essa energia, que também demonstra no palco?

Perguntam-me sempre isso. Antes não compreendia que era uma coisa incomum. Mas sou assim, nasci com esta super-bateria recarregável. Mas sem arte esvazio-me. Todos precisamos de sair da realidade ir para o mundo do Peter Pan, porque no fundo todos sabemos que a morte é a nossa companheira de viagem desde que nascemos.

Tem medo da morte?

Tenho medo e ódio desde pequena, porque a morte apressa-me a vida e eu não sei nada dela. Há uns tempos uma astróloga perguntou-me se que queria saber quando vou morrer. Estou quase a perguntar. Tenho pânico de ir embora sem deixar as coisas arrumadas. É como uma visita que vai chegar – temos de arrumar a casa.

Qual o seu maior medo?

Antes tinha medo de ter medo. Mas descobri que tinha coleccionado vários medos ao longo da vida. Ninguém gosta de levar as mesmas pancadas. Mas acho que o meu maior medo é saciar-me.

Prefere que lhe chamem Rainha do Axé [música popular baiana, que funde géneros afro-caribenhos] ou Furacão da Baía?

Prefiro ser chamada de Daniela. Todos esses títulos cristalizam o passado. Furacão da Baía é muito engraçado, mas quem quer deixar de ser rainha? Não quero perder o trono [risos].

Entrevista publicada no dia 28/03 na revista Tabu

Fonte: SOL
 
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