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GF Ouro
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Os juízes “são merecedores da maior confiança”, disse nesta quinta-feira o príncipe Felipe, de Espanha, na primeira intervenção pública desde a acusação da sua irmã, infanta Cristina, pelo juiz responsável pelo caso Nóos, relacionado com a apropriação indevida de fundos públicos. O caso envolve Iñaki Urdangarin, genro do rei de Espanha, casado com a Infanta Cristina.
“A independência, a imparcialidade e o pleno respeito pela lei” são “elementos indispensáveis” para o exercício da magistratura, disse ainda, numa cerimónia de investidura de novos juízes em Barcelona, o sucessor do rei Juan Carlos.
A função dos magistrados, continuou, “tem uma ainda maior transcendência em momentos complexos como os actuais, que exigem a todos enfrentar com coragem desafios que exigem eficácia, segurança e confiança”. Os juízes, encorajou, devem exercer as suas funções com “prudência e força”, prosseguiu, citado pelo diário El País.
A Casa Real espanhola tinha reagido na véspera, dizendo que não comentava, mas não deixando de manifestar a sua "surpresa pela mudança de opinião do juiz" face a uma decisão anterior de não ouvir a mulher de Iñaki Urdangarin.
Ainda nesta quinta-feira, o principal partido da oposição, o PSOE, pediu que a Casa real e o governo não tomem partido. “Pedi a todas as instituições, ao Parlamento, ao Governo e à Casa Real, que se deixe actuar a Justiça e que não se tome partido”, disse a número dois dos socialistas, Elena Valeciano.
O primeiro-ministro, Mariano Rajoy, declarou que o Governo “reafirmava o princípio da presunção de inocência”, que o Executivo “respeitará sempre as decisões tomadas pelos juízes”, e disse que “não está prevista nenhuma iniciativa para melhorar a imagem da Coroa”.
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