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'Estripador' diz que o assassino de Aveiro foi outro

florindo

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'Estripador' diz que o assassino de Aveiro foi outro

A defesa do alegado ‘estripador de Lisboa’, absolvido há três meses pela morte de uma prostituta, em Aveiro, alega que o assassino foi outro homem.
A advogada de defesa de José Pedro Guedes respondeu ao recurso do Ministério Público (MP), dirigido ao Tribunal da Relação e que contesta a sua absolvição, adiantando que do julgamento resulta ter sido outro o assassino da prostituta Filipa de Melo Ferreira, morta em Janeiro de 2000, numa casa em construção, na Póvoa do Paço, em Cacia, nos arredores de Aveiro.
Na resposta ao recurso do MP, a advogada Poliana Pinto Ribeiro adianta que o autor do crime terá sido o antigo namorado de Filipa Ferreira, Manuel António Ferreira Ramos, conhecido pela alcunha de ‘Manuel da Rôla’, que em 2000 chegou a estar meio ano em prisão preventiva, tendo sido libertado depois de efectuados testes de ADN que tiveram resultado negativo.
A advogada portuense baseia-se em ameaças de morte alegadamente proferidas contra Filipa Ferreira pelo namorado, que foi testemunha no Tribunal de Aveiro, no julgamento de Guedes. Estes, recorde-se, foi absolvido em 16 de Janeiro deste ano, por unanimidade, entre três juízes e quatro jurados.
«Se não existiu nenhuma prova do envolvimento do arguido, José Guedes, nestes factos, já em relação à testemunha Manuel António Ferreira Ramos, que inclusive este preso durante seis meses, não se pode dizer o mesmo», diz a advogada, Poliana Pinto Ribeiro.
Numa longa resposta ao recurso do MP – constituída por 55 páginas – e à qual o SOL teve acesso, a advogada portuense alude a «fortes suspeitas de autoria do homicídio» e que «na busca à sua residência, em Aveiro, a Polícia Judiciária encontrou uma tira de napa apta a provocar as lesões que a vítima apresentava no pescoço».
Poliana Pinto Ribeiro vai ainda mais longe, baseando-se ainda no depoimento de Isabel Cristina Ventura, prima da vítima no julgamento, segundo o qual «a Filipa disse-me que o “Manel da Rôla” a matava se ela voltasse a viver com o Lino».
A defesa do alegado ‘estripador de Lisboa’ alicerça-se também «na convicção da PJ de Aveiro, aquando das primeiras investigações, da autoria do crime por parte» do namorada da vítima, «que era canhoto, sendo que tudo indica que o homicida deveria ter sido um canhoto».
A advogada de defesa de José Pedro Guedes reforça a sua argumentação no depoimento do inspector-chefe António Medina, da PJ de Aveiro, segundo o qual Manuel Ramos «era um indivíduo violento, quezilento, de hábitos alcoólicos crónicos e que tinha uma relação um pouco obsessiva e ciumenta em relação à vítima». «O Ministério Público, enquanto detentor da tutela penal, tem a obrigação de pugnar pela descoberta da verdade material e o que sempre pareceu em julgamento – e que se reforça com este recurso, é que o MP está mais preocupado em imputar ao arguido José Guedes a prática destes factos do que em averiguar o que realmente aconteceu», alega a advogada de José Guedes, que considera ainda que o recurso do MP para a Relação terá entrado fora do prazo, devendo ser rejeitado.
A defesa de José Pedro Guedes destaca ainda que, mesmo a ser admitida a subida deste recurso, nunca poderia basear-se nas transcrições das gravações das entrevistas em áudio e em vídeo efectuadas pelas jornalistas do SOL, Felícia Cabrita e Maria Lopes, que, no seu recurso, o MP destacou não terem sido apreciadas em julgamento. A defesa alega que tais meios de prova serão proibidos, pois José Pedro Guedes não autorizou as gravações.

Fonte: SOL
 
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