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MP vai analisar classificação de Relvas
O ministro da Educação, Nuno Crato, anunciou que remeteu para análise do Ministério Público (MP) no Tribunal Administrativo de Lisboa o caso de «um aluno» da Universidade Lusófona (UL) – que não nomeia, mas que segundo alguns órgãos de comunicação social será Miguel Relvas –, em relação ao qual tem «prova documental» de que obteve uma classificação numa disciplina «sem exame escrito, como devia».Em causa, segundo noticia o DN online, estará um exame feito a Relvas pelo ex-reitor da UL, Fernando Santos Neves, que, em vez de um teste escrito, optou por fazer uma prova oral e por pedir a Relvas a entrega de artigos de opinião. Isto pode levar à perda da licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais.
Recorde-se que, no Verão passado, soube-se que Relvas fez em apenas um ano (2007) aquela licenciatura, que tem um plano de estudos de 36 cadeiras distribuídas por três anos, graças à concessão de equivalências a 32 disciplinas, com base no seu currículo profissional.
A Inspecção-geral da Educação efectuou então um relatório sobre Relvas e outros cem alunos na mesma situação. Devido às falhas encontradas, Crato fez uma «advertência formal» à UL e ordenou-lhe que revisse todos os processos, devendo retirar o grau académico se necessário. A UL, soube o SOL, reanalisou tudo, anulou uma dezena de licenciaturas, mas garantiu que não havia problemas com a de Relvas. Em Novembro, porém, e na sequência de novos dados conhecidos pelo Ministério – nomeadamente, a classificação dada pelo ex-reitor – Crato pediu à UL um relatório específico sobre o caso de Relvas. A universidade entregou-o em 18 de Janeiro.
Hoje, Crato revelou que decidiu recorrer ao MP, para que este analise e decida quanto «à invalidade» do exame feito a Relvas. Se for declarada a invalidade, a licenciatura deverá ser anulada.
Fonte: SOL