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Soares admite que quer 'provocar a queda' do Governo

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Soares admite que quer 'provocar a queda' do Governo

Mário Soares está “empenhado” em provocar a queda do Governo. Em entrevista à Antena 1, que vai para o ar depois das 10 horas desta sexta-feira, o histórico do PS admite que tem mantido nas últimas semanas “conversas” com nomes ligados aos partidos da oposição (PS, PCP e BE) e aos partidos da própria maioria (PSD e CDS), na tentativa de conseguir um “acordo para atirar abaixo este Governo”.
O antigo líder dos socialistas confessa que esperava que o chumbo do Tribunal Constitucional (TC) a quatro medidas do Orçamento do Estado para este ano se traduzisse na demissão de Passos Coelho. Só que “este Governo não tem vergonha” e “atreve-se a discutir a decisão do TC”, explica Soares. Argumentos quanto baste para o socialista acusar a maioria PSD/CDS de estar a atirar a Democracia para uma zona de “perigo”.
O Executivo liderado por Passos Coelho é, nas palavras do fundador do PS, “um Governo derrubado” que “em dois anos destruiu Portugal”. Neste quadro, a “responsabilidade” está agora nas mãos do Presidente da República, que “finalmente vai ter de resolver alguma coisa”, apela. Soares entende que convocar um Conselho de Estado não é a solução que se impõe face ao momento actual já que, diz, “Cavaco Silva agradece e diz que vai pensar”.
O ex-Presidente da República reitera o aviso que tem feito nos últimos dias: o PS não deve recusar um entendimento com a Direita e com este Governo, o mesmo que “humilhou” e “afrontou” os socialistas. Soares defende antes um entendimento entre o PS e a “esquerda do Bloco de Esquerda onde é possível um entendimento bastante grande”.
Afastada parece estar a hipótese de qualquer aliança entre PS e PCP para a formação de um governo de esquerda em Portugal, desde logo porque o PCP critica o PS, nota Mário Soares, e porque os comunistas ainda estão no tempo de Álvaro Cunhal “mas sem a capacidade táctica” do histórico líder comunista.
Sobre a dívida de Portugal aos credores internacionais, Soares volta a defender o não pagamento. O socialista recorda na entrevista a Maria Flor Pedroso na rádio pública o caso da Argentina que acabou por não pagar a dívida que lhe estava a ser cobrada “sem consequências”.
Mário Soares explica que para isso é preciso “dizer palavras muito claras à troika”, porque não é possível continuar com a política de austeridade, e sugere que Cavaco Silva é quem deve dar conta daquela que deve ser a posição do país perante o FMI, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu.

Fonte: SOL
 
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