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Salvaram perna de motard português de ser amputada em África

kokas

GF Ouro
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Ilídio Neto teve o azar, na Mauritânia, de ter um acidente de moto. Valeu-lhe os amigos do Moto Clube do Porto que, em três dias, o resgatou e lhe salvou a perna que o médico africano insistia em amputar.

Ao fim de dezenas de chamadas e e-mails, já perguntavam em consulados e secretarias de Estado: "Quem é o Ilídio? É famoso?". Se é! Numa hora mobilizou um grupo de amigos do Moto Clube do Porto que, em cerca de sete, tratou da burocracia e fretou um avião para trazê-lo para o "S. João".

A convite do amigo Américo Cardoso, que há quatro anos entrega material numa escola da capital, Ilídio, 49 anos, pegou na moto e também foi para a Guiné Bissau. Partiram a 23 de março. No regresso, já na Mauritânia, a cerca de 60 quilómetros de Nouadhibou, onde iriam passar a noite, um carro desgovernado guinou na direção de Ilídio. Foi no dia 4. O motard ficou prostrado na estrada. "Eu ia à frente e quando olhei pelo retrovisor vi uma luz fixa no chão. Voltei para trás, tirei-o da estrada e fiz--lhe um garrote, porque ele ficou com uma fratura exposta na coxa", recorda Américo.

Cerca de seis horas depois, Ilídio chegou ao hospital de Nouadhibou. "Havia lá gatos e as famílias acampavam nos quartos dos doentes. Cozinhavam lá e tudo", recorda, bem-disposto, Ilídio. Boa disposição, aliás, que nunca perdeu. "Vi o osso de fora, não tinha outro remédio se não manter a calma e o espírito de sempre", conta. Américo foi o seu braço esquerdo e direito. Além de comprar todo o material cirúrgico - "os médicos davam uma lista e ia lá fora comprar numa barraca" -, contactou os amigos no Porto para ajudar a levar Ilídio porque, após o exame de raios X, o médico não se calava com a amputação.

No Porto, Ernesto Brochado, o diretor do Moto Clube, mal recebeu o pedido de ajuda, criou um gabinete de crise e mobilizou mais de uma dezena de membros. Gisela Barbosa e Nuno Trepa Leite foram os desempata-burocracias. Em pouco mais de meia dúzia de horas, a equipa conseguiu o que a Secretaria de Estado das Comunidades, apesar da boa vontade, obteria em dias. E fretaram um avião. No final, a conta: 30 mil euros. O Estado adiantou 10 mil e três sócios seis mil euros cada um.

Papelada em ordem, avião e médicos - Paulo Campos e a mulher, a enfermeira Isabel Miranda voluntariaram-se - e já com Ilídio no avião, eis que, antes de levantar voo, um Boeing projetou uma pedra que quebrou o vidro do cockpit. O aparelho lá partiu a baixa altitude e a baixa velocidade. Demorou mais três horas a chegar ao Porto.


jn
 

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GF Ouro
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Contrariou o destino ,é obra ,deu a volta ao texto ,cá com uma pinta do caraças ,quem tem assim amigos ,assim vale a pena os ter ,foram homenzinhos ,sem dúvida uma grande e complicada façanha
Nâo á dinheiro que pague qualquer parte do corpo retirada ,ainda bem que acabou em bem ,poderia ter sido complicado ainda mais
Gosto disto :espi28:
 

jchaves

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Aqui é que se vê os verdadeiros amigos:espi28:,
Por outro lado ainda se fala mal dos nossos serviços hospitalares.
 

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GF Ouro
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Á casos e casos ,este foi bem sucedido porque havia amigos e 30 mil euros .é muito dinheiro ,só mesmo para quem pode ,senâo éra mais um entre tantos a desaparecem ,é o costume por terras africanas .
Ainda bem que assim foi ,mas é uma gota num vasto oceano ,por cá a coisa a nivél de assistencia na saude piora a olhos vistos ,já se paga praticamente tudo e pagar logo á cabeça 20 euros ,numa urgencia e mais exames ,medicaçâo ,e até o internamento quando se andou uma vida inteira a descontar ,serviu de quê ,de nada praticamente
Serviu para encher os bolsos a certos gulosos do estado português ,foi o que foi .
 
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