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Três mil agricultores em protesto em Lisboa

kokas

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Set 27, 2006
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Cerca de 3.000 agricultores são esperados esta quarta-feira, em Lisboa, numa concentração no Príncipe Real, seguida de marcha até à Assembleia da República, em protesto pelo «programa de desastre nacional» que dizem estar a ameaçar a agricultura nacional.

Em declarações à agência Lusa, João Dinis, da direção nacional da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), promotora da iniciativa, disse que cerca de 50 autocarros com agricultores partem esta manhã das várias delegações regionais da CNA em direção a Lisboa, sendo que outros manifestantes rumarão à capital «pelos seus próprios meios».

Sem adiantar pormenores acerca das iniciativas programadas, João Dinis disse apenas estarem previstas «formas simbólicas de afirmação dos agricultores e de denúncia daqueles que, dizendo-se amigos dos agricultores estão é a eliminá-los, sobretudo os pequenos e médios».

«Este programa de desastre nacional do Governo e das troikas, que está a ser aplicado a ferro e fogo ao nosso país e também à grande maioria dos agricultores portugueses, está a agravar tudo até ao insuportável», sustentou, considerando que «o Governo corta em tudo o que é apoio público e em tudo o que os agricultores mais precisam para trabalhar e viver».

Como exemplos, João Dinis apontou o «corte de 150 milhões de euros, em 2012 e 2013», no Programa de Desenvolvimento Rural (Proder), na sequência da redução da comparticipação nacional naquele programa.

Na base do descontentamento dos agricultores está também a «dívida de 12 milhões de euros» que dizem continuar por pagar pelo Governo aos produtores pecuários, relativa à comparticipação pública nos serviços de sanidade animal prestados pelas organizações de produtores em 2012.

«Com estes atrasos estão a levar à falência as organizações de produtores pecuários, correndo o risco de, em caso de doença, dar cabo da produção e do comércio nacional de carnes», afirmou, alertando que «a sanidade animal e a própria saúde pública estão em risco porque os serviços de controlo da sanidade animal não estão garantidos».

Debaixo das críticas dos agricultores estão, ainda, as novas regras da fiscalidade que, a partir de 31 de maio, se aplicam também aos pequenos e médios agricultores, «obrigando-os a coletar às finanças nem que seja para vender um ramo de salsa, uma couve ou um molho de brócolos e a cobrar IVA sobre pequenos serviços que prestam uns aos outros».

Medidas fiscais que, garante João Dinis, «arriscam eliminar dezenas de milhares de pequenos e médios agricultores, levando-os, mais uma vez, a ir protestar a Lisboa», cita a Lusa.


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