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"Passos e Seguro deviam ter juízo"
O antigo ministro Marçal Grilo reconhece que é “desagradável” mas sublinha que a “idade que tem” permite-lhe afirmar que “o primeiro-ministro e o líder da oposição deviam ter juízo” de forma a mostrarem ao País “que estão preocupados com o essencial”. Em declarações à Rádio Renascença, o ex-governante salienta também que “talvez” já fosse altura de o Presidente da República fazer uma comunicação ao País.
Em entrevista ao programa Terça à Noite da Renascença, o antigo ministro Marçal Grilo pediu “senso, nem é bom senso é senso,” ao primeiro-ministro e ao líder do PS, numa “tentativa de mostrarem ao País que estão mais preocupados com o essencial do que com o acessório”.
Até porque, sublinha Marçal Grilo, “os consensos mínimos são inúteis”, e por isso é “necessário que a negociação a fazer entre a actual maioria e o PS vá ao concreto, isto é, que o PS ponha em cima da mesa o que gostaria que fosse feito e que o Governo diga ‘daquilo que o PS pretende fazer, estamos disponíveis para fazer isto e aquilo”.
Nestas declarações à Renascença, o antigo ministro considera também, e tendo em conta “a circunstância actual, que o Governo tem que ser muito claro sobre o que pretende fazer, sobre o que a troika pretende fazer e aquilo que é um entendimento entre estas partes que estão num tabuleiro do qual não podemos excluir a UGT e os empresários”. E Marçal Grilo vai ainda mais longe ao sugerir que “o Governo devia fazer uma estátua à UGT, que prestou um serviço imenso” ao Executivo.
Sobre o silêncio do Presidente da República, Cavaco Silva, o ex-ministro entende que “talvez já pudesse ter feito ao País uma ou duas declarações, não entre portas à saída de uma fábrica” mas sim “sentado em Belém com a bandeira nacional ao lado”, para “dizer aos portugueses aquilo que ele pensa e que acha que são os grandes problemas com que nos debatemos”.
Fonte: Notícias ao Minuto