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Portugal está «doente»

kokas

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Set 27, 2006
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O bispo das Forças Armadas considerou esta quinta-feira que Portugal está «doente» e que o Estado deve ouvir o «mundo dos pobres e oprimidos», em vez dos «bem pensantes» que empurram o país para a crucificação.

«Portugal está doente, as pessoas estão infelizes, as pessoas estão revoltadas. Uma ou outra quando é chamada para depor não é sincera e diz que temos que ir em frente, temos que obedecer e não temos outra saída», lamentou Januário Torgal Ferreira, em declarações à agência Lusa.

O bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança falava em Portalegre à margem da cerimónia de administração do sacramento de iniciação cristã dos alistados do curso de formação de guardas da GNR, que decorreu na Sé Catedral daquela cidade alentejana.

«Nós ouvimos especialistas e peritos, ainda hoje, um grande banqueiro a dizer que isto da austeridade acabou, que está no fim, mas quem é que nós devemos ouvir», questionou.

Para Januário Torgal Ferreira, devem ser ouvidos todos aqueles que «têm fome, quem não tem emprego, quem vai para o hospital e não encontrou solução, quem vai para um curso e não tem lugar».

«Devemos escutar este mundo de pobres e oprimidos ou temos que ouvir os bem pensantes que nos empurram para situações de crucifixão, ou como alguns já disseram, para o abismo», argumentou.

Sobre a reunião entre o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o líder do PS, António José Seguro, realizada na quarta-feira, o bispo defendeu que deve existir «consenso, diálogo e comunhão de esforços», mas ao mesmo tempo tem também que existir uma «humildade intelectual muito grande».

«Como é que um Governo que não estendeu a mão a outro vai ter agora uma resposta. Eu gostava e tenho apoiado esse consenso, mas alguém poderá lutar por finalidades do Estado discordando dos meios, então todos os fins justificam os meios e estamos na pior teoria política», disse.

Nas declarações à Lusa, o bispo das Forças Armadas considerou ainda que o Governo tem provocado o «esmagamento» com as políticas de austeridade e manifesta «insensibilidade total» junto das pessoas «oprimidas», o que tem gerado uma «desgraça» no país do ponto vista «psicológico» e «real».

«As pessoas não têm com que viver», alertou Januário Torgal Ferreira.

E depois, acrescentou, [as pessoas] «ficam escandalizadas porque lhes atiraram à cara com duas expressões. Os senhores têm vivido acima das vossas possibilidades, isto parece um chicote de um mau professor que tivemos no liceu e, por outro lado, uma outra expressão que é terrível, quem não estiver bem que se mude», disse.

Januário Torgal Ferreira considerou ainda que o diálogo entre o Governo e os portugueses tem sido «frio» e que «não há comunicação» ou «proximidade».



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