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Índios em pé de guerra invadem presidência

kokas

GF Ouro
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Set 27, 2006
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Centenas de índios de várias tribos, pintados para a guerra, armados com arcos, flechas e lanças e gritando “Dilma assassina” invadiram no final da tarde desta quinta-feira o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República brasileira, em Brasília. Os índios, que nesta sexta-feira comemoram o Dia do índio, exigiam ser recebidos imediatamente por Dilma Rousseff, a quem acusam de genocídio por permitir a construcção de gigantescas barragens e centrais hidroeléctricas que destroem aldeias e grandes áreas de terras indígenas, sem saberem que nesse mesmo momento a presidente embarcava no Aeroporto de Brasília rumo ao Peru, para participar na cimeira da Unasul, União de Nações Sul-Americanas.

A segurança do palácio e o efectivo policial que fica na área externa do Planalto tentaram evitar a invasão dos indígenas, mas não conseguiram. Com gritos de guerra e usando a força física e o facto de serem muito mais numerosos que os defensores do palácio, os guerreiros, representando tribos de várias regiões do Brasil, invadiram o átrio do palácio.

Depois de um enorme e prolongado tumulto, durante o qual cantaram, entoaram gritos de guerra, dançaram em redor do palácio e até pintaram os rostos dos apavorados seguranças, os índios deixaram o local cerca de quatro horas após a invasão, novamente em correria desenfreada, como tinham entrado. Eles queixam-se de que Dilma, apesar de já estar no seu terceiro ano de mandato, nunca aceitou reunir-se com lideranças indígenas e que os 12 ministros com quem se reuniram até hoje não fizeram nada do que prometeram..

Dois dias antes, os índios já tinham invadido o Congresso Nacional, chegando a ocupar até o plenário da Câmara dos Deputados e a forçar a suspensão de uma sessão em andamento. No parlamento, os guerreiros conseguiram a palavra do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, de reunir uma comissão representativa de todos os partidos para analisar as reivindicações dos povos indígenas.

Os índios reclamam, entre outras coisas, maior celeridade na demarcação de terras, que chega a demorar décadas, a conclusão dos processos de criação de reservas já iniciados e melhores condições de ensino e de saúde nas aldeias. Mas a principal reivindicação dos índios é tentar parar o projecto de emenda constitucional agora em tramitação que pretende tirar do governo a prerrogativa de demarcar áreas indígenas, passando esse poder para o Congresso, mudança que os índios não aceitam, considerando que os interesses económicos e políticos que dominam os partidos podem prejudicar os seus próprios interesses e a preservação da Natureza nas áreas que já ocupam ou pretendem demarcar.


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