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GF Ouro
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A Coreia do Norte impôs nesta quinta-feira as suas condições para retomar o diálogo com Seul e Washington, exigindo a retirada das sanções da ONU, o que torna pouco provável futuras negociações mas aponta para uma diminuição da tensão na península coreana.
“As exigências da Coreia do Norte são totalmente incompreensíveis. São absurdas”, reagiu Cho Tai-Young, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros sul-coreano. “Pedimos ao Norte que pare de fazer exigências tão incompreensíveis e que comece a fazer escolhas sensatas, como nós temos vindo a encorajar.”
A Comissão de Defesa Nacional da Coreia do Norte exigiu a “retirada das resoluções do Conselho de Segurança da ONU que foram formuladas por razões grotescas”. Também exigiu o fim das manobras militares conjuntas conduzidas por Washington e Seul na Coreia do Sul. Os dois países realizam há já várias semanas as suas manobras militares conjuntas anuais, o que todos os anos provoca a cólera do vizinho do Norte.
Depois de um terceiro ensaio nuclear norte-coreano no dia 12 de Fevereiro e de um novo pacote de sanções da ONU contra Pyongyang, a tensão subiu em flecha na península coreana.
As condições para reiniciar um diálogo são agora o tema dominante, depois de vários dias passados na eminência de um novo ensaio balístico do Norte.
Tanto Seul como Washington declaram publicamente estar dispostos a dialogar com Pyongyang para aliviar a tensão. A resposta do Norte chegou agora mas com exigências. Para além da questão das sanções, o regime de Kim Jong-un também exige a Seul um pedido de desculpas “por todas as acções hostis contra a Coreia do Norte”.
Os analistas sublinham que o tema do diálogo substituiu a pouco e pouco as ameaças de ataques nucleares na retórica belicista e inflamada da Coreia do Norte, o que pode significar o princípio da diminuição da tensão na península coreana.
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