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Passos furioso com Caixa

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Passos furioso com Caixa

Primeiro-ministro considera que o banco do Estado tem de dar mais dinheiro à economia.
Este é um de vários pontos de descontentamento do Governo com a equipa de gestão da CGD.
As declarações de Passos Coelho sobre a necessidade de reforçar o crédito concedido pela banca à economia vieram incendiar os ânimos na alta finança, fazendo Ricardo Salgado (BES), Fernando Ulrich (BPI) e Fernando Faria de Oliveira (APB) reagir publicamente ao primeiro-ministro. Mas as críticas do chefe do Governo eram sobretudo dirigidas à Caixa Geral de Depósitos (CGD).Pedro Passos Coelho discorda da política de crédito do banco do Estado e disse-o claramente durante a última reunião do Conselho Nacional do PSD, no sábado passado, em Lisboa. De acordo com relatos de membros do partido da maioria ouvidos pelo SOL, o primeiro-ministro sublinhou que foram dados meios à Caixa – nomeadamente em termos de rácios de capital – para injectar mais dinheiro na economia. Mas isso não está a acontecer nos moldes que Passos Coelho considera serem necessários.
O descontentamento do accionista com a administração da Caixa (100% pública) tem vindo a agudizar-se, nos últimos meses. Um dos pontos de discórdia é exactamente a política de crédito. O presidente executivo do banco, José de Matos, tem uma posição mais conservadora do que o Executivo: a sua grande preocupação tem sido acautelar a saúde e robustez do balanço, optando assim por uma estratégia mais cautelosa na concessão de fundos.
Questionado esta semana sobre as declarações de Passos, o CEO da Caixa escusou-se a fazer comentários. Momentos antes, numa conferência sobre banca organizada pelo ICC – International Chamber of Commerce, o banqueiro declarou, citado pela Lusa, que o sector financeiro português está agora «muito bem capitalizado e resiliente aos desenvolvimentos do mercado», pelo que pode apoiar a economia «se as circunstâncias o permitirem».
A equipa de José de Matos termina o mandato no final do ano e sofreu já várias baixas. Nomeados para o triénio 2011/2013, três administradores saíram antes do tempo. Pedro Cardoso abandonou o cargo logo no primeiro ano, para ocupar as funções de presidente do BNU em Macau. Jorge Tomé saiu no ano seguinte, para assumir a liderança executiva do Banif. Nogueira Leite pediu a demissão no final do ano passado por divergências internas e em ruptura com as Finanças.

Gaspar segura presidente executivo da Caixa


O ministro Vítor Gaspar estará a ser o grande travão das alterações que o Governo gostaria de fazer a curto prazo na administração da Caixa, segundo noticiou o Diário Económico há cerca de um mês. Além de José de Matos ter sido uma escolha pessoal do ministro, eventuais mudanças poderiam ser interpretadas como o reconhecimento do falhanço do modelo de gestão escolhido. De acordo com o mesmo jornal, o Executivo estará a ponderar mudar a gestão da CGD mais cedo, talvez ainda em Abril.

Fonte: SOL
 
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