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UTAD investiga incêndios florestais há 30 anos

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UTAD investiga incêndios florestais há 30 anos


Vila Real, (Lusa) -- O Grupo de Fogos Florestais da Universidade de Vila Real desenvolveu mais de 30 projetos de investigação desde que foi criado há 30 anos, relacionados com as características dos incêndios ou os efeitos das queimas controladas.

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) dispõe de um Grupo de Fogos Florestais que foi pioneiro a nível internacional na investigação dos incêndios florestais.

Paulo Fernandes, professor do Departamento de Ciências Florestais, disse hoje à agência Lusa que o "número de investigações desenvolvidas ultrapassa os 30, entre projetos nacionais e internacionais".

O início da investigação nesta área remonta a 1983 na academia transmontana.

Neste momento, a UTAD está envolvida no FireGlobulus, projeto que visa estudar a viabilidade do uso do fogo controlado em eucaliptal e criar o suporte científico necessário ao seu desenvolvimento tecnológico.

Hoje mesmo está a decorrer trabalho de campo, com a realização de algumas ações de fogo em Santo Tirso.

Este projeto, que conta com um investimento de cerca de 500 mil euros, pretende definir as condições em que o uso do fogo é eficaz e não acarreta consequências negativas para as árvores.

As plantações de eucalipto são vulneráveis aos incêndios e como tal a sua proteção exige um esforço importante de gestão do combustível vegetal acumulado, efetuada através de meios mecânicos.

É, por isso, necessário expandir as alternativas de tratamento do combustível, a fim de melhorar a respetiva razão custo-benefício e aumentar a área intervencionada.

Segundo Paulo Fernandes, a chuva intensa que tem caído este ano atrasou o trabalho de campo.

No entanto, referiu que tem sido efetuada alguma investigação no laboratório, nomeadamente na mesa de queima, onde são recriados fogos e os fatores que condicionam a sua propagação no terreno, nomeadamente os declives ou os ventos.

Nesta grande mesa, com uma dimensão de cinco por três metros, são colocados combustíveis que são postos a arder. Enquanto isso, o declive dos terrenos é simulado através de um sistema hidráulico ao lado de uma outra máquina que simula as ignições de vento.

Os investigadores da UTAD estão também envolvidos num projeto que incide sobre a otimização dos sistemas de gestão de incêndios, o qual é coordenado pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

A investigação da academia transmontana tem incidido na caracterização da vegetação como um combustível, das características do fogo e os efeitos do fogo controlado.

O grupo ajudou também à criação, formação e acompanhamento das equipas de "fogos táticos", em que se utiliza o contra fogo como uma das formas de combater um incêndio.

A UTAD liderou ainda o Fire Paradox (Paradoxo do Fogo), um projeto de pesquisa dirigido por Portugal e que se debruçou não só sobre os aspetos técnicos, mas também sobre questões sociais relacionadas com os fogos.


PLI // JGJ

Lusa/Fim​
 
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