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FC Porto: Muito mais que um "6"

florindo

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Muito mais que um "6"

Um jogador de futebol cresce à medida que vai ganhando “cheiro de balneário”. Tal como em todas as profissões, é o contacto com o ambiente de trabalho e a familiaridade estabelecida com o mesmo que vai fazendo do profissional uma pessoa mais capaz para executar as tarefas que o seu trabalho/posição o obriga. Não é, portanto, imediato, o ganho de maturidade.

No futebol, um guarda-redes pode chegar à maturidade aos 30 anos e um extremo aos 23. Não há propriamente uma idade certa para se atingir esse patamar, sendo esse algo subjectivo, mas há casos em que essa transparece para fora e esse é o momento em que se reconhece a subida a um nível superior. Os erros do jovem irreverente vão-se diluindo à medida que a idade cresce nas pernas e os problemas que lhe surgem em campo são repetidos vezes demais para que não os possa resolver a maior parte das vezes (isto, claro, admitindo que o jogador tem tempo de jogo).

Observar um jogador a atingir esse ponto depois de o acompanhar é das coisas mais fascinantes que há no futebol em geral (principalmente se formos formadores e tivermos acompanhado o desenvolvimento anterior do atleta em questão). É, por isso, com prazer que, apesar de como adepto de futebol (e não na priveligiada "cadeira de sonho"), denoto o atingir desse patamar por parte de Fernando.

O nº 25 do FC Porto parece ter chegado à maturidade aos… 25 anos. Quando chegou à Invicta, proveniente do Est. da Amadora, já era tido como grande jogador, o ideal substituto para a saída de Paulo Assunção e o complemento ideal para Raúl Meireles no meio-campo portista. Foi ganhando preponderância, ganhou a alcunha de ‘polvo’ por “comer” muito espaço em campo (quase omnipresente) e constituir uma presença assombrosa para os contrários com um posicionamento irrepreensível e um balanceamento (físico e… mental) notável para um miúdo no início dos seus 20.

Na época 2010/2011 já era tido como um dos melhores “6” a jogar em Portugal e foi considerado por muitos como peça fundamental num onze que irá ficar sempre para a história do FC Porto (venceu Liga sem derrotas, a Liga Europa e Taça de Portugal) e olhando para as épocas que já somava a alto nível e a qualidade e cultura táctica que já apresentava, muitos davam-lhe muito menos anos do que aqueles que o brasileiro tem.

A presença do ‘polvo’, até ao mês que corre, sempre estivera remetida à discrição que lhe é pedida, destruindo jogo ou obstruindo linhas de passe (só Matic terá estado em melhor plano nesse aspecto este ano) em tudo o quanto é terreno de jogo defensivo, encarregando-se os médios organizadores (Lucho e Moutinho) da tarefa de empurrar a equipa beneficiando da “escolta” de Fernando para uma possível perda de bola e na pressão alta que fazia exercer.

Mas tudo mudou. Por força, ou não, das necessidades e do momento de menos fulgor por que passam Moutinho e Lucho González, Fernando já não é só um “mero” polvo, passou a ser um autêntico monstro marinho que para além de ser omnipresente a impedir os adversários de criarem situações de perigo e de exercer pressão alta sobre o meio-campo contrário, o brasileiro já pega mais na bola, traz a equipa consigo, lança em profundidade e… marca golos! Só neste mês marcou quase tantos como tinha marcado até ao momento (Rio Ave e Moreirense), algo que evidencia o provável ponto de maturação de um jogador que já não assume só a posição de um mero 6.

Fonte: Record

 
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